quarta-feira, 26 de agosto de 2015

AQUI NESTE .






Na ausência de relâmpagos
que se vejam
inteiros
nas crinas do vento

hasteamos bandeiras
de cores lúcidas

Aqui neste .
ancorados na memória
afeiçoamos pedras
desenhamos o recorte da serra

colhemos sons passos e lábios
até desvendarmos
os olhos dos pássaros


Eufrázio Filipe

23 comentários:

  1. Seremos nós, pássaros de olhos vendados, a sobreviver de memórias? Abraços.

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  2. Na presença de muitos, aqui neste, fazemos das tripas coração e as vezes nem isso podemos.

    Belo!
    Beijo.

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  3. ~~~
    ~~~ Façamos tudo o que pudermos

    para desvendar os olhos dos pássaros...
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

    «Pior cego é aquele que não quer ver»

    ~~~ Abraço, Poeta amigo. ~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  4. Hasteemos bandeiras, pois!
    Na colina mais alta
    Para que haja depois.

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  5. Hasteio contigo as bandeiras de cores lúcidas, amigo...
    Um beijo.

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  6. Somente aqui neste espaço (teu)
    voam metáforas profundas
    com a beleza que desnuda a realidade
    numa delicadeza com olhos de pássaros...

    Admirável Poeta das metáforas!
    bjs.

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  7. Só de olhos vendados
    podem os pássaros ver
    as cores mais lúcidas...

    Belo, como sempre.

    Bom fim de semana.
    Beijo

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  8. Sem olhos vendados e com olhos de pássaros...ergueremos bandeiras, poeta.

    beijo

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  9. Com nossos próprios olhos!...

    Bom fim de semana com tudo de bom!
    Beijinhos.❀ミ
    ❀˚° ·.

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  10. Talvez, então, consigamos desvendar os nossos, aparentemente o espelho da alma...

    Abraço

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  11. A poesia é uma tempestade perfeita.
    Abraço meu irmão

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  12. Aqui neste sítio de palavras lúcidas, desvendamos os mistérios que nos obstruem o caminho.

    Abraço

    Olinda

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  13. Bonito poema. Tenha um ótimo domingo.

    Isabel Sá
    http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

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  14. Meu querido: como é bom ler-te! A tua poesia é uma das mais belas que existe na blogosfera! Os teus poemas carregam sumo e delícias nos versos que se acomodam na alma e ali ficam quietinhos, levando-nos por caminhos onde "tudo está definitivamente inacabado".
    Estou voltando às lides blogueiras, tentando harmonizar dentro de mim as perdas recentemente sofridas...
    Deixo um beijo no teu coração,
    Helena

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  15. Desvendar... Eis a questão! Serão vendas,opacidades congénitas, prisões? Asas não, que eu sei!...


    Um beijo

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  16. Precisamos tanto de lucidez.
    Onde andará ela?
    Boa semana.:))

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  17. deixemos então que o tempo amadureça nos olhos dos pássaros...

    e em seu voo de fogo!

    belo poema, Poeta,

    abraço fraterno

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  18. as bandeiras ainda serão hasteadas, mas os olhos dos pássaros será sempre um enigma...

    beijo

    :)

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  19. Ousemos sair da obscuridade e tudo será mais clarividente.
    Mas só com a tua mestria poética!
    Bjo, Filipe :)

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