sábado, 16 de maio de 2020

MAREANTES DO VENTO







Crescemos na nudez das rochas
crescemos e desmaiamos
conforme as marés

vertemo-nos líquidos
em caudais de sons
ardidos no sal
no delírio da espuma
por todo o corpo

crescemos na substância das pedras
com asas muito leves

não somos barcos de carregar velas
somos mareantes do vento


"chão de marés"

12 comentários:

  1. Inspiração, criatividade poética. A imagem é magistral
    .
    Bom fim de semana
    Proteja-se

    ResponderEliminar
  2. Bonito poema, como sempre. Parabéns!
    -
    Ilusório melodioso ...

    Beijo, e um bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  3. "crescemos na substância das pedras
    com asas muito leves"

    Contudo, voamos!

    ResponderEliminar
  4. Na vertigem das marés, sobrevivemos.
    Magnífico poema.
    Beijinhos,
    Ailime

    ResponderEliminar
  5. Crescemos na nudez das rochas
    crescemos e desmaiamos
    conforme as marés.

    Todavia continuamos o nosso fado até ao suspiro final.
    Abraço e bom domingo e cuide-se

    ResponderEliminar
  6. Mareantes de ventos, que navegaram todo o mundo!
    Crescente fazer poético a cada novo e invulgar poema!

    :)

    ResponderEliminar
  7. Somos uma ondulação da canção
    quando o amor é vento...
    Um abraço,

    ResponderEliminar
  8. Mareantes do vento, cumprindo o seu destino, com a poesia a tiracolo. Sem folgas.

    Grande abraço, Eufrázio

    ResponderEliminar
  9. "Não somos barcos de carregar velas"!
    Que sorte de ser barco e ter poesia
    ambrósia do nosso dia a dia
    Abraço.

    ResponderEliminar
  10. Mareante ao vento me sinto consigo, meu Amigo. Às vezes até somos barcos e partilhamos a cumplicidade das marés através das palavras…
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

    ResponderEliminar