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O CHÃO DOS BARCOS (2)
Com pés ancorados
andamos desandamos
criamos raízes
para voar
palavras mais leves que o vôo
cúmplices de memórias
maternidade de pássaros
despontamos por sobre as águas
folha ante-folha
beijamos o chão dos barcos
num abraço de limos
e partimos
conforme as marés
eufrázio filipe
11 comentários:
A minha vida anda complicada quanto a andamento, desando mais do que avanço. Mas gostei muito dessa cumplicidade de memórias.
Também a maternidade - de pássaros ou gente - é sempre um renovar de esperanças. Um voo de sonhos alados...
Beijinho, bom fim-de-semana.
Um poema muito bonito :))
Hoje:-Sinto, que de saudades, estou morrendo...{Poetizando e Rncantando}
Bjos
Votos de uma óptima Sexta - Feira.
O amor levado ao sabor do mar!
Nesta altura da vida, desando mais do que ando.
Gostei de ler.
Abraço e bom fim-de-semana
Gostei, poeta. Gostei do «abraço de limos».
Beijo, bom fim-de-semana.
De "pés (bem) ancorados", Eufrázio, que o furioso e constante saltitar de aqui para ali, parece-me bem mais artificial e propositadamente induzido do que o fluxo compassado das marés.
Nada há de inocente na disfuncional grande diáspora que nos vai sendo imposta, segundo constantemente me sussurram razão e coração.
Belo, este "Chão de Barcos 2"
Abraço
Partimos mas regressamos sempre conforme as marés.
Grande abraço Poeta
No chão dos barcos se arvoram mastros e içam velas para retornar à viagem...
Abraço.
O chão dos barcos é o teu chão, poeta das marés insubmissas…
Uma boa semana.
Um beijo.
Tal como a vida..... Cheia de contradições...
Boa semana.
Beijo
Versos de reminiscências...seguindo o fluxo do tempo e das marés...vida de aportar e seguir...muito belo!
Que sua semana seja boa...
Beijo,
Genny
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