segunda-feira, 18 de junho de 2018

GUIADA PELO MEU CÃO






Quando o vento em torvelinho
se escancarou nas águas
abriram-se janelas de luz
neste chão de marés
para tu passares

pelos sinais
desobrigada sereníssima sem quebrantos

despertaste os barcos
numa carícia de tremulinas

Eras tu senhora
guiada pelo meu cão


Eufrázio Filipe
(reeditado)

13 comentários:

  1. Um poema lindo, tão ao seu jeito.
    Gostei bastante da forma como termina, assim como da bela fotografia.
    Beijinhos,
    Ailime

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  2. Que bonito! Suave de amor.

    Que bom continuar aqui!
    Ando tão atrasada, a tentar recuperar o tempo perdido no facebook, que quando regresso aos blogues amigos, algumas publicações são antigas, outros desapareceram...Ainda bem que não é o caso. Beijinho


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  3. As "janelas de luz" abertas pelas tuas palavras para serem atravessadas por quem quiser…
    Um beijo, meu Amigo.

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  4. "Desobrigada sereníssima sem quebrantos" é a tua dama excelentíssima - a poesia. Não admira, pois, que a luz se escancare na noite mais negra. Até. Até que a translação se faça.

    Abraço.

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  5. E os cães têm essência de fidelidade...

    www.sinaisdemimtl.blogspot.com.br

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  6. Belas janelas de luz que nos mostram a beleza contidas nas palavras do poeta!
    Um abraço.

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  7. Palavras poucas para tamanha beleza.
    Parabéns poeta!
    Abraço e bom fim-de-semana.

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