Quando os muros são de vidro
parecem transparentes
cresce a fala no teu corpo
são grandes os teus olhos
finíssimas as águas
de todas as fontes
vivem encarnados os peixes
na tua boca
e correm por ti gestos simples
cresce a fala
sabe a terra húmida
o corpo arado
e sussurram papoilas
mais leves que o vento
assim se viaja
em pleno voo
bebem orgasmos
para espanto
de todas as inocências
Eufrázio Filipe
Todos muros que eu conheço
ResponderEliminarsão opacos
o que não retira nenhuma urgência
ao teu poema
ResponderEliminarUm belo poema, caro Eufrázio Filipe.
Sente-se a força e a transparência dessas palavras,
quase encantatórias.
Abraço
Olinda
Os muros não são menos muros, nem nos prendem menos, por serem de vidro.
ResponderEliminarAbraço
Simplesmente fantástico!!
ResponderEliminarBeijinhos e um dia feliz.
Quando se ama assim... tudo parece leve e transparente....
ResponderEliminarSente-se a esperança...
Lindo..
Beijos e abraços
Marta
Lindo!
ResponderEliminarPor cá andei ontem, a navegar um pouco neste Mar Arável.
ResponderEliminarA minha casa tem paredes de vidro. Muitas das paredes da minha casa são de vidro.
Abraço
gostei desta ideia de o corpo hiper-presente dos amantes se traduzir em papoilas mais leves que o vento!
ResponderEliminar
ResponderEliminare a inocência é frágil como as papoilas
e o voo dos passáros ficam
mais alegres
mesmo que o muros não sejam só de vidro
mas de esperança
:)
A fragilidade e a força da vida, num sopro luminoso e tão lindo, Mar!!
ResponderEliminarUm abraço forte.
Só na transparência das águas, cresce a beleza das papoilas e a suavidade de todos os gestos, em viagens aladas.
ResponderEliminarUm voo belíssimo, EF
Um beijo!
Um belo poema. E de novo se solta o grande poeta que há em ti.
ResponderEliminarAbraço Amigo
Bela a transparência diurna e fremente de vida...nosso Mar Arável.
ResponderEliminarBeijo
"Finíssimas as águas
ResponderEliminarde todas as fontes"
donde escorrem eternas inocências Pos
Que não haja mortos
de deserto pois
postula o Poeta
deserta está a natureza
desperta de desejo
Abraço
Já sabia que viajavas em pleno voo...
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
P.S. Podias ir ao poema do 25 de Abril deixar uma palavra às pessoas que te comentaram...
Antes de vidro que opacos.
ResponderEliminarMuros de vidro não escondem inocências nem a verdade do poeta.
Abraço.
Lindo!
ResponderEliminarAssim é a transparência do amor.
Beijinhos,
Ailime
Lindíssimo:)
ResponderEliminar