terça-feira, 3 de abril de 2018

NAVEGO À FLOR DA PELE






Nem sempre é claro
o fio que une as margens
muito menos de passagem
num abraço de limos

declino o arco
das frágeis pontes
navego à flor da pele
para não ferir as águas

onde passo


Eufrázio Filipe

24 comentários:

  1. Difícil esse propósito de não ferir as águas, especialmente quando há um desejo ambivalente de as deixar sulcadas e para sempre alteradas pela nossa passagem...
    Efémeros e vãos desejos.

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  2. Apoio.
    Inclino-me em arco perante
    a construção,
    o Poeta.
    Apoio suspensão,
    Ponte e Rio.

    Abraço.

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  3. Deslizar à distância de um gesto.
    Serei companhia sempre que puder.
    Grande abraço, Poeta irmão

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  4. Gosto desse tipo de navegação...
    é fantástica para quem a sente...
    Bj~~~

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  5. À flor da pele se fazem maravilhosas viagens.

    Beijinhos, MA :)

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  6. Para tal navegação carece-se de águas tranquilas.
    :)

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  7. É!
    Pelo menos, sabemos dos abismos.
    Reverência perante a beleza metafórica do poema!
    Bji, EF

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  8. Hoje as margens
    deixaram o rio aflito
    feriram-lhe as águas

    condoído não naveguei
    nem mesmo à flor da pele

    amanhã, será outro dia

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  9. Que lindo!!! Lindo, lindo, mesmo!! Poético de mais. Verdadeira imagem condoída. Parabéns!

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  10. A tranquilidade do tempo numa viagem pela pela...
    Lindo..
    Beijos e abraços
    Marta

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  11. Navegar entre as metáforas da vida.

    Gostei.

    Um abraço

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  12. miragem
    ou linha presa às margens
    tudo é viagem
    (mesmo águas que sonhos carregam)

    "a ponte é uma passagem"
    abraço

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  13. Nem sempre fácil objectivo!
    Belo poema, como sempre. Um prazer de ler.
    Abraço.

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  14. passos suaves
    em fio suspenso
    nos arcos

    e a ponte leva-nos sempre
    para a foz de algo

    :)

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  15. Para além de muito bom, o poema é inteligente.
    Parabéns.
    Bom fim de semana, caro amigo.
    Um abraço.

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  16. Sim, nem sempre é fácil. Nem sempre as duas margens se irmanam.
    Esperemos por dias melhores, suspensos embora.

    Abraço

    Olinda

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  17. Como a poesia faz falta na vida do individuo. Por isso vou voltar a blogosfera para desfrutar da beleza.

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  18. Um poema "à flor da pele" com suas belas metáforas.
    Magnífico!
    Beijinhos,
    Ailime

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  19. Um cantinho encantador, onde a poesia nos embala e refresca. Lindo...!

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