Sempre que improvisas acordes
gosto de ouvir-te em silêncio
indecifrável
quase inocente
a libertar os mais contidos desejos
eterna por um fio
à luz de um fósforo
se soubesse explicar
o movimento das sombras
a dissonância do relógio de pêndulo
o chão dos barcos a óleo
nas paredes da casa
pegava-te ao colo poema
desvendava-te
Eufrázio Filipe "Cháo de claridades"
Fabuloso poema!! Amei!!
ResponderEliminarPoetizando...- "Trabalho árduo... ao luar" ( Poetizando ...)
Beijos...Bom Domingo
Há sempre um "se" a impedir a concretização dos nossos mais íntimos desejos.
ResponderEliminarUm abraço, Poeta.
Eu sei
ResponderEliminarEu sei
Página cem
"indecifrável
ResponderEliminarquase inocente
a libertar os mais contidos desejos"
Tão bonito!
Poderás pegar o poema ao colo, desvendá-lo, mas nunca saberás "explicar
ResponderEliminaro movimento das sombras a dissonância do relógio de pêndulo o chão dos barcos a óleo nas paredes da casa", porque não vais querer fazê-lo nunca. O mistério das coisas é que te guarda as palavras...
Magnífico, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.
ResponderEliminarBelíssimo!
Beijinho.
A imagem logo nos apanha na onda do mistério, do indecifrável... e a palavra fez-se ao caminho num belíssimo poema.
ResponderEliminarBeijo.
Há consequências inevitáveis
ResponderEliminarno arrojo da luz do fósforo:
é breve e
"eterna por um fio"
de ternura.
Fica e dura.
Como sempre, é um prazer ler-te, com mais ou menos paizinhos.
Abraço.
Onde está paizinhos deve ler-se pauzinhos, lema expresso pelo Eufrázio Filipe, autor do Mar Arável.
Eliminar... E em silêncio se lê excelente poesia como esta.
ResponderEliminarBjs
Ailime
ResponderEliminarUm desejo latente em cada poema: descobrir os mistérios de que são feitos os sentimentos, a sensibilidade, e a arte de bem escrever.
Abraço.
Olinda