domingo, 21 de janeiro de 2018

PALAVRAS INTERDITAS





Neste Inverno rigoroso
de mares adocicados
todos os destinos
com acesso remoto
aos esconderijos do teu corpo
começaram a despir memórias
que desvendam
palavras interditas

mas porque nada é urgente
beijámos as pedras
plantámos uma árvore no cais


Eufrázio Filipe

18 comentários:

  1. Percebo
    na não urgência
    como não deve tardar

    despir memórias
    beijar pedras
    plantar árvores

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  2. Sempre enriquecedora a leitura de seus poemas. a construção e desconstrução das imagens cria um universo de sugestões visuais e sonoras. Abraços.

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  3. Penso.... nada é urgente, mas o tempo não para nem volta a trás.
    Belíssimo poema.
    Beijo de...
    Saudade

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  4. E vivemos cada momento...
    Sem palavras.... porque as palavras nunca devem ser interditas quando se gritam com paixão...
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. Nada é urgente, excepto ler o teu poema nas suas múltiplas formas...
    Uma boa semana, meu Amigo.
    Um beijo.

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  6. Apenas o amor é urgente.
    Lindo poema!
    Beijinhos,
    Ailime

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  7. Palavras interditas devem ser as que são mais apetecidas...
    Achei a expressão dos dois primeiros versos introdutivos muito boa.
    É sempre importante beijar e plantar...
    Beijo, EF
    ~~~

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  8. Olá bom dia!
    Navegando em blogs amigos, cheguei até o seu e amei suas postagens.
    Já estou seguindo e com certeza voltarei mais vezes.
    Estes links são dos meus blogs, caso deseje conhecer e seguir os mesmos,será um prazer. Abraços, tenha um belo dia.

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  9. Bom dia. Passando e gostando, como sempre, de ler a sua poesia. Profunda forma de poetar.
    .
    * Adejam pétalas ... como lábios se beijando *
    .
    Deixando votos de um dia feliz
    .

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  10. Nas memórias descobrimos mundos e mares "nunca dantes navegados". E o que perturba é o desfocamento em que muitas vezes elas se manifestam. Dir-se-ia que de cada vez que nos lembramos de algo acontece uma recriaçao. Nada é igual.

    Abraço.

    Olinda

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  11. Olá Eufrázio!
    “Neste inverso rigoroso” a palavra URGENTE caiu do meu dicionário.
    Belo poema!
    Que saudades eu já tinha de passar por aqui...
    Abraço.

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  12. Assim nos impelem os deuses: beijar as pedras, plantar a árvore... sem urgências...

    Muito bonito!

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  13. Conjugada acção:
    "plantámos uma árvore no cais".

    Muito para lá da intenção,
    (plantamos)
    sem assento,
    sem tento,
    sem amarras.

    O Poeta fá_lo por inteiro.

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  14. Na urgência de amar, não pode haver urgência maior.
    Bj

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