sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

A FINGIR DE PÁSSAROS





Num sopro de vento
há palavras esculpidas
que respiram por guelras

outras esgrimem aladas
na leveza dos gestos
a fingir de pássaros

acordam-me
a fazer versos 
ou quase nada


Eufrázio Filipe

9 comentários:

  1. Há um poema escrito no nada que se torna num tudo....
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. Não precisas de fingir. Toda a gente percebe que és um pássaro a voar obstinadamente sobre as palavras...
    Uma boa semana, meu Amigo.
    Um beijo.

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  3. O poder da imaginação associado ao talento da escrita.

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  4. Que interessante poema.
    O que publiquei hoje fala precisamente das palavras.
    E gostei do seu comentário.
    Sim "algumas falam por gestos"
    gostei muito
    beijo
    :)

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  5. Nas asas da metáfora o vento é poesia.
    Abraço meu Amigo

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  6. As palavras têm vida própria. Mas só alguns sabem dar vida à sua seiva!
    Bjo, amigo
    (o tempo passa tão depressa... E já tantos poema por ler)

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