Nas paredes da casa
onde me deito
nos teus retratos
brotam pedras
em carne viva
sem contornos nem arestas
que se transformam em pão
por elas me ergo
contra todos os destinos
mesmo que ininteligíveis
chovam em flor os teus olhos
Nas paredes da casa
tudo é possível
menos a profanação das metáforas
Eufrázio Filipe
Muito bonito!
ResponderEliminarBeijo, bom fim de semana
Bom dia
Profanar metáforas é sacrilégio, para além de que, nas paredes da casa, muitas vezes são guardados os mais belos tesouros da alma...
ResponderEliminarBom fim de semana Poeta!
A profanação é pecado capital. Mas
ResponderEliminarse a massa que se amassa
na penitência de vértices e arestas
o pão arredonda-se
para lá do contorno torna-se
gesto habitual de habitar
Dai-nos Poeta desse pão.
É isto que nos alimenta, caro Eufrásio.
Muito bela e intimista, como sempre, a tua poesia!
ResponderEliminarUm prazer ler-te. Uma saudade que me deu hoje!
Beijos.
o pão que dá a força para lutar contra os destinos. belo
ResponderEliminarNas paredes da casa confessamos pecados, anseios, paixões...
ResponderEliminarSão testemunhas silenciosas do caos do nosso Mundo...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Do espírito metafísico que hoje me assola, aceito que até as paredes têm uma linguagem...
ResponderEliminarAbraço
Nas outras casas
ResponderEliminaronde se deitam
vão se acordando
vagarosamente
lentamente
na compreensão
do teu poema
Como se todos os silêncios fossem proibidos...
ResponderEliminarMuito belo, meu Amigo!
Um bom fim de semana.
Um beijo.
ResponderEliminarEu profano as metáforas e me culpo por isso...
Poema belíssimo.
Beijinho.
A casa que somos, é o pao que nos sustenta...
ResponderEliminarAdmiremos pois a beleza das metáforas, porque depois das entendermos, não mais será possível profaná-las.
ResponderEliminarAbraço fraterno Poeta
Estive a lê-lo duas vezes para o tentar apreender/sentir melhor.
ResponderEliminarGostei.
um beijinho e um bom Domingo
Gábi
Olá.
ResponderEliminarGostei muito, embora me faltem palavras que possam impregnar estas paredes.
Então deixo-as em branco, pintadas de palidez e finjo não vê-las.
Abraços,
Vitalina.
o pão e a casa,
ResponderEliminarmetáfora de um vida feliz
um abraço
«Ó subalimentados de sonho! A poesia é para comer!»
ResponderEliminarAchei este pão e o teu poema deliciosos.
Beijos.
~~~
Belo poema.
ResponderEliminarbeijos
Verdade, poeta: "tudo é possível, menos a profanação da metáforas". Gosto muito da tua poesia. Muito mesmo. Abraços.
ResponderEliminarBoa tarde, poema é certo, belo e objectivo.
ResponderEliminarAG
Boa tarde Poeta,
ResponderEliminarO pão ainda tão necessário...
Um poema muito belo.
Beijinhos,
Ailime
São os olhos das casas que nos transformam e transtornam. Por vezes, limam-se arestas... outras vezes, as esquinas, os sotãos... e o pão seco do tempo.
ResponderEliminarAbç
casa da memória
ResponderEliminaralicerce da redenção
Talvez, ali haja o reflexo mais profundo do coração.
ResponderEliminarLindíssimo, parabéns!
Retratos vivos, esses das pedras, que alimentam e levam o poeta a levedar as palavras transformando-as em pão, operando o milagre do alimento do espírito de quem as saboreia. Como eu!
ResponderEliminarBj
Belíssimo, sem qualquer dúvida!
ResponderEliminarBjs