Nas margens do rio
onde habito
respiram pautas desertos
retratos íntimos de flores
a preto e branco
repousam mãos famintas
Nas margens deste rio
quando a noite amanhecida
não dorme
ouvem-se pêndulos vagares
cadenciados
agitam-se os dedos
o tempo ousado dos poetas
que não eu
artesão de metáforas
No fulgor das águas
desprendo-me
a profanar metáforas
para ver mais claro
o teu corpo antigo
baloiçar nas paredes da casa
Eufrázio Filipe
"Chão de claridades" editora Lua de Marfim
E devemos ser sempre ousados... nas memórias... no tempo... no poema que escrevemos...
ResponderEliminarGostei muito...
Beijos e abraços
Marta
que bonitas as margens deste rio :)
ResponderEliminarO teu ousar é legítimo e certeiro.
ResponderEliminarBasta começar pelo fim e contemplar
qual animatógrafo o belo baloiçar
projectado na parede da casa.
Abraço CT
...e já agora
ResponderEliminara página 242
podes?
Um corpo que é inevitavelmente poético.
ResponderEliminarE acontece poesia, quando as margens do rio, extravasam a memória do poeta.
ResponderEliminarAbraço
Artesão, dizes-te...mas é mestre!
ResponderEliminarBjs
O ousar do poeta
ResponderEliminarprovoca poesias lindas e intensas.
Beijos
do imaginário do poeta, passa um 'filme' de sombras, num rio de emoções.
ResponderEliminarGostei
abraço
o poeta ousa
ResponderEliminare com as mãos famintas
e o olhar ausente
o poeta nunca dorme
mesmo que habite nas margens do rio
ou do mar
;)
da tua mente saem belos poemas como este aqui.
ResponderEliminaradorei, Mar.
:)
beijo
E eu profanei este poema na minha mente :)
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarBelíssimo poema
Bjgrande do Lago
Belo poema de palavras límpidas e ondulantes.
ResponderEliminarAbraço meu irmão poeta
Mar Aravel, uma bela metafora de Eufrazio Felipe.
ResponderEliminarSão sempre belas as suas metáforas.
ResponderEliminarBjs
É muito bom quando a mente ousa
ResponderEliminaraplicar metáforas e fazê-las
interrogar-nos.
Um abraço amigo.
Irene Alves
ResponderEliminarUm habitáculo sujeito ao fulgor das águas. Gostei do artesanato.
Beijo.
E que bem as esculpes, Filipe! Depois, é só colocá-las nos teus lugares de culto.
ResponderEliminarE, mesmo que não haja assinatura, sei de quem são.
Bjo, amigo :)
É lindo!
ResponderEliminarBeijinhos
Um rio repleto de excelente poesia.
ResponderEliminarBeijinhos,
Ailime
Gostei deste galgar de margens...:)
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