Com olhos cheios
de pátrias desnavegadas
no fulgor das águas
reparti a escarpa
com mãos inteiras
regressei ao poema
plantei uma flor
mais vermelha
que os teus lábios
nas paredes do cais
Dulcíssimos e medrosos
os cães ladraram
ao portão da casa
soltaram os barcos
à hora dos pássaros
para desespero dos náufragos
e das Primaveras
Eufrázio Filipe
Sublime :)
ResponderEliminarFica um beijo com estima.
É isso mesmo, Mar Arável... «para desespero dos náufragos
ResponderEliminare das Primaveras»...
Mais uma dia de desespero e medo.
Para onde foi o meu comentário?:( Não gosto nada de perder comentários. fica uma sensação de vazio...
ResponderEliminarVou ver se me lembro do que escrevi e desta vez copiar.
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Dizia eu, que para desespero de Primaveras e náufragos, cada vez mais vemos flores caírem no chão e nas tormentosas águas do mar.
Um beijo, Poeta!
Há um apontamento de alegria sempre que numa boca se desenha uma flor vermelha.
ResponderEliminarBeijos, MA :)
ResponderEliminarFlor vermelha é o espreitar da primavera e de sublime sorriso, como sublime é o poema
Boa Páscoa
Bjgrande do Lago
\Lindo e intenso>
ResponderEliminarregressei ao poema
plantei uma flor
mais vermelha
que os teus lábios
nas paredes do cais
E que precisava mais?
Beijos
Destaco "regressei ao poema/plantei uma flor!/mais vermelha/que os teus lábios/nas paredes do cais". Tão, tão bonito.
ResponderEliminarUm beijinho, Mar, e uma boa Páscoa
muito bem.
ResponderEliminarpoema de "alta cozinha" - "filé mignon" do melhor
(sem espinhas, nem... sereias!
belo poema de amor. em todas a línguas, sem dúvida!
abraço sempre, meu caro MarArável
Olá, Filipe
ResponderEliminarTanta vida desnavegada relatada num único poema - "para desespero dos náufragos/ e das primaveras".
abç amg
a flor rubra da paixão a anunciar a primavera
ResponderEliminarpor isso os barcos soltaram-se mesmo que fosse a hora dos pássaros
tão belo isto!
boa Páscoa
beijinho
:)
Escreve o poema com a luz e a paixão da Primavera...
ResponderEliminarPara que se volte a navegar e haja vida nos cais...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Poema que subverte
ResponderEliminara quietude
que aportem os barcos
à hora dos pássaros
da escarpa repartida
recebo a parte
que me cabe
Magnifico e sentido poema.
ResponderEliminarBoa Páscoa
Um abraço
Maria
ResponderEliminarDo desgoverno, que sobrem as primaveras sempre tão belas aqui.
Bji
Regresso ao poema
ResponderEliminarávidas as mãos
submersos os sentidos.
Beijo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBeijinho. Excelente Páscoa!
ResponderEliminaresta é uma primavera de náufragos, de pátrias apátridas
ResponderEliminarsossegam-nos os cães ao portão da casa e os poetas das escarpas
um abraço
É...para desespero dos náufragos e da Primavera. Adorei este mar de palavras desnavegadas. Boa Páscoa e beijos com carinho
ResponderEliminar"os pássaros são o fruto mais vivo das árvores"
ResponderEliminarque as amendoeiras despidas do seu fruto estejam repletas de pássaros ...
tempo a tu afeição.~
:)
Se o vermelho permanece no cais o regresso há de ser uma festa.
ResponderEliminarAbraço
Felizmente que há sempre pessoas a gostar e a plantar flores para contraponto dos desvarios.
ResponderEliminarMais um belíssimo poema, amigo.
Bjo :)