domingo, 3 de janeiro de 2016

MEMÓRIAS QUASE PERFEITAS









Numa lufada de outros mares
e ventos desgrenhados
abri a janela
para recolher pássaros


regressei
à síntese da tua nudez
beijei
no espelho onde viajo
transmigradas
memórias quase perfeitas


regressei
às precárias definições


eufrázio filipe

26 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Todos os regressos
são recomeços
renascimentos

de janelas abertas

Afrodite disse...

Deixaste-me a pensar... se existirão memórias perfeitas!

(mais) Um abraço
(^^)


(notável coincidência... a de publicarmos os dois, e quase no mesmo minuto, textos a falar de memórias...)

Lídia Borges disse...


"Precárias definições" de Ítaca transfigurada.

Bj.

Lídia



Cadinho RoCo disse...

São das precárias definições que poderemos chegar às grandes soluções.
Cadinho RoCo

Gisa disse...

Regressos! Lindo! Um grande bj

Marta Vinhais disse...

As memórias definem o Mundo e abrem o caminho para o recomeço, o renascer...
Bom Ano 2016
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Maria Luisa Adães disse...

Memórias quase perfeitas existem, sim!

E é bom recordar
continuamente recordar
Para fazer o impossível

Tornando-as perfeitas
na tentativa de criar
Um mundo Melhor e mais justo!

Ano feliz

E que nos possamos acompanhar
Por um Ano mais!...

Com amizade,

Maria Luisa

jrd disse...

Recolher o voo dos pássaros e recordar a nudez perfeita das memórias.
Abraço meu irmão poeta.

Manuel Veiga disse...

viagem e torna-viagem!

e nesse fluir o poeta amacia os "desgrenhados ventos!...

abraço, Poeta

Suzete Brainer disse...

Que belo voo com as palavras para expressar a nudez
do sentir e do desejo através do espelho da memória...
E diante do sentir, as definições são menores...

Grande sempre a tua poética,que adoro!!
Bjs.

Laura Ferreira disse...

bem regressado :)

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, todas as memorias são regressos em pensamento, algumas são perfeitas.
AG

mz disse...

Estamos todos a regressar,
dos afectos
das memórias
ainda que nem sempre perfeitas são as nossas.

Que os pássaros recolhidos lhe traga as boas novas a este Ano Novo!

Que seja bom.

Abç

SOL da Esteva disse...

Os melhores momentos, são os mais simples.


Abraço
SOL

Majo disse...

~~~
Só registamos na memória factos que nos impressionaram.
Todos temos memórias fantásticas, tesouros só nossos...

Sinto-me feliz por pertencer ao bando de pássaros azuis
teus amigos e poder contar com a tua proteção amiga.

Por acaso, já tive que defender-te dum passarão laranja.

~~~ Grande abraço, Poeta amigo. ~~~
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

Mar Arável disse...

Majo

Só consigo comentar os teus comentários
no meu espaço

Não te incomodes
os meus pássaros não precisam de defesa
sabem voar
do ventre atá à foz

Odete Ferreira disse...

Tudo é precário quando novas se apresentam as roupagens e as vamos vestindo (ou remodelando) conforme os momentos e as circunstâncias.
E este foi mais um delicioso momento poético.
Bjo, Mar :)

Elvira Carvalho disse...

As memórias são sempre regressos, umas vezes quase perfeitas outras longe disso.
Um abraço

Rita Freitas disse...

E assim vamos renascendo nas memórias trazidas pelos pássaros.
Bjs

Olinda Melo disse...


E não é que as memórias são "sempre" perfeitas?
No nosso íntimo recordamos o passado enfeitando-o
com o que gostaríamos que tivesse sido. Por isso
é que devemos desconfiar das histórias que contamos
a nós próprios.
E por isso mesmo, as definições do nosso quotidiano
apresentam-se precárias.
Centremo-nos nos ventos desgrenhados e abramos a
janela para a recolha de pássaros que voam do ventre
até à foz.

Abraço
Olinda

Teresa Durães disse...

Parece-me que é um regresso para renovar. É sempre bom fazer isso

Miss Smile disse...

Há memórias que, com o passar do tempo, se vão tornando cada vez mais perfeitas. Quase tão perfeitas como o seu poema :)

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

um regresso renovado...

e os pássaros sempre cá estarão.

um beijo

:)

frô disse...

Se sai do presente - vai ou volta - enxerga as imperfeições. A coisa toda é que tem-se que existir, hoje é agora somente.

Jaime Portela disse...

Estamos sempre a regressar... desgrenhados, quase sempre.
Excelente.
Bom fim de semana.
Abraço.

redonda disse...

Também gostei.
Gábi