Quando te despiste em flor
e revelaste a nudez
já despontavam as camélias
não por dádiva dos céus
na vertigem das sombras
muito menos porque o mar
se ergueu
num sussurro de azuis
tão só depurada
trazias gestos musicais
a noção de um rio
que se demora nas margens
Quando te despiste
quase inocente
numa povoação de sílabas
não desnudaste
o mais íntimo da pele
ficaste em vigília ao improvável
tão perto dos mastros
onde dardejam pássaros
e profanam metáforas
eufrázio filipe
Escrito rente à sensibilidade da pele.
ResponderEliminarUm sussurro de inocência e sensualidade. Um mar improvável.
ResponderEliminar~~~
ResponderEliminar~ Poema de elevada e tocante beleza,
sublimado à altura do momento descrito,
~~ sobremaneira especial e emotivo.
- Abraço grato pela primorosa partilha.
~ ~ ~ ~ ~ ~
Belo poema.
ResponderEliminarHoje, a beleza da poesia não necessitou de céu e mar, bastou-se a ela própria.
Abraço fraterno
E nada mais há a dizer....Porque a beleza falou alto...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Sensível....
ResponderEliminarBjbj Lisette.
Que bela forma de dizer o (A)Mar
ResponderEliminarem música, inocência dos azuis e
belos voos de pássaros dos desejos...
Uma beleza (invulgar) sempre
descrita poeticamente.
Bjs.
nem sempre a nudez das metáforas é a nudez visível aos demais....
ResponderEliminarbonito poema!
saudações poéticas
beijo
:)
bonito :)
ResponderEliminarBom quando o improvável acontece...
ResponderEliminarUm beijo.
"Sei os teus seios, sei-os de cor... "
ResponderEliminar"camélias", bela metáfora para uma das fontes de vida e prazer.
Beijo grande
:)
poema sem mácula...
ResponderEliminarde um erotismo delicado e vibrante
como o pestanejar do rubor antes do beijo.
excelente.
abraço, meu caro Eufrázio
Perfeição em toda a linha.
ResponderEliminarParabéns.
Abraço
SOL
Versos em botão o poema
ResponderEliminarmuito para além das camélias
A sublime beleza do momento
está na permanência velada
aos olhos incautos da inocência
o inalcançável monumento
A beleza...que começa no título e termina na última sílaba do poema.
ResponderEliminarBeijo
Muito belo, transcendente na forma delicada como utiliza as metáforas!
ResponderEliminarBeijinhos e bom domingo.
Ailime
Muito belo, como sempre, aliás... Abraços, bom final de semana.
ResponderEliminar
ResponderEliminarTenho andado distraída.
Metáforas azuis e outras sílabas aladas, esvoaçam por aqui, como se primavera fosse.
Um beijo
Lídia
Por vezes me pergunto
ResponderEliminarcomo te "sai isto" assim
como se fosse necessário
encontrar respostas
para explicar os Poetas...