Aceitei o desafio do meu neto para escrever uns textos como se fossem garatujas
O Outono brilhou por uma nesga e nós decidimos passear.
Lá fomos a cantarolar. Música minha, letra do meu avô com arranjos do Oli.
Pelo caminho até ao jardim da aldeia alguns cães sem abrigo juntaram-se a nós.
Não sei porquê.
Talvez gostássem da cantoria.
Cumprimos o objectivo, chegámos ao coreto.
Quando nos preparávamos para o concerto, o Oli disse em voz alta.
Não canto mais. Está aqui muita gente desconhecida.
A música acabou.
Começou a chuviscar e os cães choraram.
eufrázio filipe
8 comentários:
Tens de lhe dizer
que toda a gente é desconhecida
até se conhecer
vais ver que ele cantará
e os cães não chorarão
quanto ao chuvisco
não arrisco a previsão
Assim, como o Oli aprecia "as coisas simples da vida"
Garatuja (4), nesse caso, a quarta lição do "mestre"
de quatros patas (nos meus apontamentos da leitura)...
O Oli exerceu a liberdade de escolha, quando se
negou a cantar.
Acho eu, que o Oli queria ter feito a letra
da música, desconfio rsr...
Textos encantadores que merecem publicar
em livro.
Bjs.
Os desafios vindos assim, não podem ser recusados e aqui está uma crónica sensível que cabe dentro de um sonho comum a tantas crianças; ter um amigo de quatro patas.
Garatujas a ganharem forma!
O Oli é tímido mas nada que um bocadinho de entrecosto não resulte :)
Bjs
O Oli será tímido ou caprichoso?
Afinal, todas as pessoas são desconhecidas até se conhecerem!
O Timóteo disse-lhe isso?
Tem de lhe dizer que uns chuviscos até sabem bem!
Beijinhos sem chorinhos, mas cantados!
Vendo bem o Oli é um predestinado para o canto e não é qualquer coro que lhe serve.
Mesmo assim o meu aplauso.
Um abraço
Oli teria razão. Há gente que não merece as nossas canções.
Bj
Cantar no coreto para bichos-careta?
Todos têm direito à privacidade, a dizer não.
Oli
gosta de privacidade ou seria uma ponta de ciúmes dosoutros cães?1
vamos a ver, quer dizer ler
:)
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