João Cutileiro
Nos mastros mais altos
respiramos sinais
de pássaros públicos
compromissos
com vírgulas nas palavras
caminhos vertebrados
que respaldam
fulgores de timbres
Nos mastros mais altos
exultam eternos
por instantes
traços de carvão
asas enxutas
respiramos
por uma nesga de sol
o fresco ar
das madrugadas
Eufrázio Filipe
19 comentários:
E a poesia respira sempre pelos poros invisíveis da realidade, voando nas asas enxutas dos pássaros.
O teu poema
versos
desfraldados
nos mastros
mais altos
Aqui respira -se a poesia mais bela.
Beijo.
que a nesga de sol se faça dia claro.
e a poesia desça à rua...
(uma ilustração que "ilustra" o poema)
abraço, meu caro Poeta.
Poema e gravura num casamento muito feliz :)
Como sempre belo e fantásticamente rimado
Boa semana
bjgrande do lago
E que esse fresco ar nunca nos falte.
Entao que os traços de carvao sejam eternos... mas nao por instantes...
Que nunca nos falte a nesga de sol...
Fica bem
Respiramos, um dia, sem medos nem conflitos
A brisa fresca da madrugada...
com ternura,
Maria Luísa
Nesta nesga de sol
encontra-se um
universo essencial...
Nele o Poeta das metáforas
respira e inspira poesia...
BJs.
Nos mastros mais altos, habitam ecos da sua poesia...
Bem haja Poeta!!!!
Como a elegância dos predigitadores o poeta remexe nas vogais e consoante à procura da esperança.
De carvão na mão será possível traçar nesgas no espaço que aí vem?
Bom dia Poeta!
Voltei para ouvir os poemas falados. Não posso ir embora sem dizer que daqui, deste lugar, a alma sai saciada de poesia...
Às vezes essa nesga nem chega...
Belo poema para um Cutileiro lindo!
Beijinhos, MA. :)
Respira-se melhor no mastro mais alto. E o rosto sobressalta-se com os pássaros que não voam...
Belo, como sempre. Um beijo.
pelo timbre, sabemos quem navega nesse mastro
um abraço
que essa nesga de sol
rebente o dia
e que o ar fresco
nos nasça no rosto
de todas as madrugadas!
:)
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