domingo, 25 de outubro de 2015

À NOSSA MESA


                                                                                        Justyna Kopania




O que mais me doi
não são folhas caídas
nem palavras soltas

são as romãs
em coro
quando se abrem

a sombra que rebenta
desgrenhada
à nossa mesa

o que mais me doi
não é o Outono
é a falta de relâmpagos

nos teus olhos


Eufrázio Filipe

25 comentários:

  1. pois, é isso mesmo

    e quando não há relâmpagos no olhar

    dói demais

    muito belo

    (como não gostar deste poema?!)

    perfeito!

    boa semana.

    beijinhos

    :)

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  2. Olha-a bem nos olhos e verás o céu desta noite.

    Um abraço poeta irmão

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  3. Quando a vida não desperta relâmpagos...dói mesmo.
    Abraço
    Olinda

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  4. Uma "sombra desgrenhada que rebenta" é já prenúncio de um relâmpago, além!

    Lídia

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  5. Tão lindo, mar arável!!! Com a doçura de Blake...

    Beijinho

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  6. As dores...transpiradas...transmutadas em versos...
    Belos versos (ainda que em latência)...

    Beijo.
    Genny

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  7. Quando se sente dor... vê-se nos olhos.... e morre-se...
    Lindo...
    Obrigada pela visita

    Beijos e abraços
    Marta

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  8. Belíssimo...

    O sol é uma luminosidade para ser guardada
    na alma a refletir nos olhos...

    A luminosidade do poema é encantadora, Poeta!
    A imagem é linda...
    Bjs.

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  9. As romãs e o sumo vermelho que avermelha a esperança de outra primavera.
    Abraço

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  10. Tão belo, este poema, amigo. O que mais dói não é o outono, pois não. É o país propício a todos os temporais...
    Um beijo.

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  11. Magnífico poema!
    Haja luz e que as romãs se libertem das sombras!
    Bjs
    Ailime

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  12. Por vezes não vemos relâmpagos. Nos olhos de quem esperávamos nem em lado nenhum...
    A excelência deste seu poema é inegável. Bravo.
    Caro amigo, tenha um bom fim de semana.
    Abraço.

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  13. A vida está na emoção. Sõ ela nos ajuda atravessar " o inferno do mundo".

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  14. A falta de chama nos relâmpagos na vida, tornam a vida meio Outonal.

    Abraço
    SOL

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  15. "Raça humana" é outra forma de dizer "humanidade". Por acaso, pesquisei isso.

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  16. O que se esconde por trás de um olhar sem relâmpagos? Será um prenúncio do inverno do amor? Abraços, bom final de semana.

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  17. soberbas romãs ... com mel!

    abraço fraterno, Poeta.

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  18. Fiquei apaixonada por este poema. É tão bonito. Diz pouco, mas sugere tudo.

    Um abraço

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  19. Á falta de relâmpagos, talvez se acendam estrelas cadentes...talvez... não sei, digo eu...

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  20. se os olhos relampejassem, mais vermelhos seriam os frutos da romã

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  21. Há falta de vermelhos, no olhar, nas atitudes...
    Muito belo!
    Bjo, amigo :)

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