sábado, 8 de agosto de 2015

AFLORAR CLARIDADES


                                           


Neste espaço
aberto a todas as sedes
decepei uma árvore seca
mas deixei-lhe dois braços
erguidos
onde os pássaros silvestres
poisam em coro

Debruçado no vão da escarpa
precipitei os olhos
desprendi-me no canto

Neste espaço
quando o sol escapa dos céus
é frequente
aflorar claridades
"vozes ao alto"

e se não for a cantar
ai se se não for a cantar


Eufrázio Filipe

27 comentários:

  1. "e se não for a cantar
    ai se se não for a cantar"

    que não seja a chorar,
    mas sim um grito aberto
    a rasgar a claridade...

    Um abraço.

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  2. Que bom que o poeta voltou...com hino de esperança!

    Beijo

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  3. Cantar, sempre, sem cansar, ainda que a voz nos doa.~

    Beijinhos, MA. :)

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  4. Sempre em grande, caro Eufrázio.

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  5. Diante de imagem dessa, retratando um paisagem exuberante, a poesia fica ainda mais bela!...

    ♪♬ه° ·.
    Bom domingo!!!
    Muita paz e tudo de bom!!!
    ✿˚° ·.

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  6. Se não for a cantar, será talvez a poetar! :)

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  7. Nem sempre é possível aflorar claridades.
    Sempre belo.

    Beijo.

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  8. Gritos de esperança, ai os gritos de esperança!

    Beijinho

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  9. Vozes ao alto nesta escarpa mais alta
    Pássaros unidos como os dedos da mão
    E ouve-se já o hino na boca do menino

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  10. Título lindo, construído pela luminosidade poética...
    Vozes ao alto semeando claridades essenciais...

    Bjs.

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  11. Boa tarde, excelente criação poética, se não for a cantar, será assobiar e a escrever belos poemas.
    AG

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  12. "[...]"vozes ao alto"[...], voz do Alto... "[...]ai se se não for a cantar."
    Bom.
    Abraço

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  13. Como não cantar quando há mar e sol por perto? :)

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  14. ~~~
    ~~ Que os pássaros poetas
    nunca deixem de compor seus cantos de incentivo e sabedoria.
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

    ~~ Abraço amigo.~~
    ~ ~ ~ ~

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  15. Que as claridades aflorem sempre com as vozes a soar bem alto...
    e tem de ser a cantar
    ai, tem de ser a cantar...quais pássaros a voar.

    Beijinhos, Poeta!

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  16. Nos braços da árvore seca poisam pássaros silvestres;do canto da escarpa os olhos do poeta se precipitam;dos céus escapa-se o sol num mar de claridades. Tudo aqui é movimento, tudo é vivo por aqui e a voz, ai a voz, clama mais alto.

    Abraço

    Olinda

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  17. Nunca se devem cortar as pernas...
    Sempre um prazer ler pelo prazer de ler!
    Bjo :)

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  18. Bela imagem e bonito poema.

    Isabel Sá
    http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

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  19. Enquanto o sonho persistir num voo poético e melodioso, a claridade envolverá sempre o coração da escarpa.
    Bj
    Ailime

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