De tanto ver pátrias movediças
começo a ter saudade
das minhas verdades improváveis
pássaros pétalas e asas
a dardejar nos mastros
o tempo em arritmia
contado pelos dedos
em voz alta
esculpido nas pedras
povoado de sons
quase poema
Onde a luz se afoga
basta um sopro
na constelação dos azuis
para atear as águas
Eufrázio Filipe
Poeta
ResponderEliminarTu consegues pôr uma vaga em chamas
As nossas verdades improváveis não serão mais certas que essas pátrias movediças?
ResponderEliminarBeijos
Atear as águas, atiçar marés. A inundação que se anuncia.
ResponderEliminarAbraço meu irmão poeta.
O mar também, é revolucionário, revolto.
ResponderEliminarUM fogo de cor e luz.
ResponderEliminarAbracinho
Ana
São os azuis que reconfortam :)
ResponderEliminarBasta um sopro. É isso...
ResponderEliminar
ResponderEliminarOs azuis onde as almas navegam tanta vez....céu... mar.....
Belo e profundo
Bom domingo
Bjgrande do Lago
~~~
ResponderEliminar~ «O tempo quase poema» - belo!
~~ Num tempo sem sol,
~~~~~~~ a luz não se afoga,
~~~~~~~~~ não incendeia azuis,
~~~~~~~~~~~~~~ nem ateia as águas.
~~~ Dias luminosos e agradáveis...
~~~~ Abraço. ~~~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~
«O tempo em arritmia» - é essa mesmo a realidade em que nos movemos...
ResponderEliminar(Mas a estrofe final é soberba!)
Beijos de água azul
A poesia é uma arma carregada de futuro de Gabriel Celaya é o que me ocorre de mais completo para este poema.
ResponderEliminarQue se ateiem as águas!
Bjo, Filipe :)
Para atear as águas basta o sopro de azul colhido nas tuas palavras...
ResponderEliminarUm beijo, meu amigo.
Fugimos de nós mas reencontra-mo-nos na saudade.
ResponderEliminarabraço
sabe-se lá, quando explode o azul
ResponderEliminare as águas labaredas...
muito belo, Poeta.
abraço fraterno
Em águas embriagadas de luz acredito.
ResponderEliminarBasta que a chispa sagrada se solte do céu. A manhã clara virá cheia de luz que cura.
Eu queria tanto que houvesse uma explosão.
ResponderEliminarpouco me comportando a cor.
<como sempre muito bom.
Bj.
Irene Alves
Olá Poeta das belas metáforas!
ResponderEliminar"Onde a luz se afoga
basta um sopro
na constelação dos azuis
para atear as águas"
Uma beleza grandiosa na constelação da poesia...
VOZ
ResponderEliminaraos poetas, do mar e da terra. Que perdurem, constantes como as ondas.
Abç da bettips
Gostei muito!
ResponderEliminarObrigado.
ResponderEliminarA luz se afoga num pôr-do-sol e é onde as águas se ateiam. Aí tudo pode acontecer,entre uma cor púrpura, um amarelo torrado, um tom laranja e o azul do mar.Toma-se o pulsar do tempo e nas nossas mãos a pátria se torna menina de verdes anos.
Um poema que incendeia as palavras, onde tudo é possível dizer.
Abraço
Olinda