quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

ESTÁTUA NO EXÍLIO



                                                                                                       
                                                                


Sereníssima
oriunda dos melhores gestos
aos meus olhos
supera o criador

traz na voz
uma feira de barro
inscreve nas linhas
da palma das mãos
contornos de luz

Musa purificada de palavras
estátua no exílio

celebra o efémero
no mais íntimo dos espelhos


     Eufrázio Filipe



26 comentários:

  1. Bom poema, em estilo neo-clássico. Um abraço daqui do sul do Brasil.

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  2. Um belo Poema á harmonia e perfeição que se esgota no exílio do tempo.
    Gostei.


    Abraço



    SOL

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  3. Deixaste que a a tua poesia, de tão bela, te superasse, poeta.

    Abraço fraterno

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  4. O espelho traz sempre o reflexo do efémero :)
    Muito bonito.

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  5. Sem dúvida. O efémero que aqui merece destaque porque belo, aos olhos do poeta...também.
    Enquanto a efemeridade durar.


    Lídia

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  6. Estátua exilada dentro das paredes do país.

    Abraço,

    mário

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  7. ~
    ~ ~ Que a musa de beleza escultural regresse do exílio e celebre o efémero em apoteose.
    ~ ~ ~ ~

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  8. "Musa purificada de palavras
    estátua no exílio"

    é o que acontece às musas puras ou purificadas - ficam estátuas de sal...

    um poema depurado e belíssimo! que te engrandece...

    abraço fraterno, Poeta

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  9. O poema e a pintura interpenetram-se na perfeição.
    Beijinho, Eufrázio.

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  10. espelho em reflexo
    ou tão somente
    o reflexo no espelho
    da musa de encantar

    :)

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  11. Simplesmente fantástico.

    Adorei

    Bom fim de semana

    Bjgrande do lago

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  12. Que mistérios encerra esta estátua, transcendendo o próprio criador, mistura de barro e luz? Talvez represente o que há de mais puro existe em nós, com ligações à terra e laivos da voz da liberdade. Mas, no exílio...Que pena!

    Abraço, caro poeta.

    Olinda

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  13. Ah...maravilha de palavras certas, como se usadas pela primeira vez...

    Beijo meu

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  14. É da efemeridade do barro que se levantam estátuas na beleza da poesia. Todos os dias alimenta o belo que vive em nós.

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  15. Agradeço visita e comentário na minha publicação.
    Não sei ser sucinta. Por vezes, é virtude, outras, nem tanto.

    Olhei melhor a imagem da mulher e "casei-a" com as palavras. Acho que vai ser "amor para sempre", porque é talento.

    Boa semana!

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  16. E são assim as musas: transcendem para lá do tempo e chegam ao tempo do poeta, serenas, perfeitas.
    Sempre obras de arte, os teus poemas, Mar.
    Bjo :)

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  17. '[...] ou a obra de arte mais linda que eu já vi'

    ... quase roubei... :))
    gostei tanto.

    beijo.

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