DESNUDA-SE A ROMÃZEIRA
Neste tempo antiquíssimo
de soluços e mãos dadas
as palavras sem abrigo
com asas enxutas
dedos rendilhados
procuram uma luz sem ameias
alento
para o mar crescer
nos teus olhos
Neste tempo de alaúdes
resiste ao pranto
o relógio de pêndulo
nas paredes da escarpa
desnuda-se a romãzeira
Gosto de mergulhar nas ondas de um olhar profundo.
ResponderEliminar:)
Talvez tenham sido as palavras soltas ao vento
ResponderEliminarque encontraram alento
resistente ao pranto,
e fizeram o olhar dela ficar
da cor do mar.
Com a romãzeira desnudada
apenas se ouvem soluços
e a fertilidade
ficou adiada.
Perdoe a divagação, inspirada pela beleza da sua fértil imaginação.
Um beijo!
~
ResponderEliminar~ ~ Como o relógio,
~ ~ resistamos,
~ ~ num tempo antiquíssimo
~ ~ de soluços e de pranto.
~ ~ ~ ~ ~
O mar a crescer no olhar, mesmo que seja preciso cravar as unhas na escarpa mais alta...
ResponderEliminarUm beijo, amigo.
Neste tempo de incertezas, de crimes impunes e aproveitamentos ilícitos, valha-nos a poesia e a lucidez...
ResponderEliminarBagos avermelhados
ResponderEliminarDesnudados
Num hino à resistência
Belo o aroma que exalam
desnuda-se? nuda-se!...
ResponderEliminarUm abraço se não entre versos, pelo menos entre palavras
ResponderEliminarA fecundidade da palavra em solos agrestes... Mar de poesia!
Um beijo
Em tempos de ira...palavras de mel.
ResponderEliminarBj
Apre! Não é fácil a sua poesia, mas bela, bela... e sempre com o mar(azul) a beijar-nos a imaginação e a dor.
ResponderEliminarIntrigante e belo!
ResponderEliminarbjs
Algo de misteriosamente belo e sublime.
ResponderEliminarAbraço meu irmão
Boa tarde, palavras ao vento pelo cimo das ondas do mar, são palavras acertadas.
ResponderEliminarAG
O desnudar é ato que nos leva à intimidade do que há de sincero em nós mesmos.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Este tempo de alaúdes confunde-se com soluços e pranto.
ResponderEliminarE até os mais belos olhos se tornam vítreos.
xx
O universo, em um olhar, resiste ao tempo e ao pranto. Felizmente ainda há a esperança da romãzeira. Abraços.
ResponderEliminarA romazeira é o que salva...
ResponderEliminarOs olhos repletos de mar
ResponderEliminarcarregam um pouco
a infinitude das palavras...
Bjs.
Magníficos e admiráveis versos; gostei muito, além do que, até onde pude ler, as tuas criações causaram-me deslumbre...
ResponderEliminarum absoluto Mar Arável - nesse olhar!
ResponderEliminarabraço fraterno.
Cresce o mar da poesia aos pés da romãzeira desnuda... para morrer em mansa onda dentro dos olhos que a esperam...
ResponderEliminarBeijo, Eufrázio.
Como sempre sublime!!!
ResponderEliminarUm abraço
Irene Alves
Belo!
ResponderEliminarUm abraço!
na esperança resiste
ResponderEliminarapesar de lapidada
nas escarpas negras
rompe amarras ao destino
A romãzeira vai-se revelando.
Nos olhos vê-se o mar de sonhos... Um dia chegará, ultrapassando qualquer barreira. Quero crer!
ResponderEliminarTalvez não seja por acaso que escolheste esta imagem.
Bjo, Mar :)
é um tempo de agora também
ResponderEliminarEsse mar, onde lhe navegam os versos, será o mar que eu conheço?
ResponderEliminarA romãzeira voltará a florir!!
Belo demais Poeta!!!
Da safra das palavras brotaram lóculos em chamas.
ResponderEliminarBeijo.
Tão belo o poema como o olhar!
ResponderEliminarBjs
Ailime