terça-feira, 9 de dezembro de 2014

DEZEMBRANDO






À míngua de pássaros
subimos a pulso
a nossa escarpa preferida
só para ouvir
íntegro o vento inteiro

sem mãos nos ouvidos
nesta desordem organizada
disse-te

és a minha pátria
aquilo que não sei

À míngua de pássaros
nesta ilha sublimada
de sonhos e neblinas

dezembrando

se tivéssemos um barco
quase nada seria inútil



34 comentários:

  1. Muitas vezes o barco da poesia
    atravessa o silêncio
    Para levar o poeta ao momento
    onde nada é inutil.

    Lindo poema e a imagem o complementa de ternura.
    Um abraço.

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  2. "Se tivéssemos um barco"...

    Como custa construí-lo.

    Bj.

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  3. Que maravilha de poema. Gostei do neologismo Dezembrando!... BeijooO

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  4. ...e ela disse :

    Poeta!

    o barco nós construímos!

    de palavras.

    ou quiçá de papel

    e o Poeta sorriu e calou o sorriso nos olhos a brilhar...

    e ela entendeu o que mais ninguém quis entender...

    :)

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  5. gostei demais deste poema que acho já li noutra versão.....


    beijinho

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  6. Faltam os pássaros, a neblina em densa, mas os pássaros regressarão na Primavera.
    Belo poema, como sempre.
    Dezembremos...:-)
    xx

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  7. ~
    ~ Não é fácil realizar estes agitados dias dezembrinos...

    ~ ~ ~ Nem para maviosos poetas! ~ ~ ~

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  8. Se barco tivessemos... fugiriamos desta ilha a mingua de passaros... dezembrariamos em outras paragens...

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  9. os barcos esperam os remos - e o sopro do vento "integro" ...

    belíssimo.

    abraço, meu Amigo

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  10. Se tivéssemos um barco, a escarpa seria um porto de partida (e chegada)e o voo dos pássaros, o rumo certo.

    Abraço poeta irmão

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  11. Meu amigo, venho desejar-lhe a si
    e sua Família um Feliz Natal.
    Um abraço
    Irene Alves

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  12. Dezembro passa, como tudo na vida, até o sentir desolado que nos costuma atingir. Abraço.

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  13. Dezembrando ou Janeirando, estamos sempre à míngua de tudo!

    Valha-nos a bela e revoltosa poesia...

    Um beijo!

    ( estas letras de verificação são do piorio, não pode exterminá-las?)

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  14. Quando tivermos um barco que aguente a tormenta.

    Abraço,

    mário

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  15. À míngua de pássaros e barcos, a pátria nossa resiste na poesia.
    LINDO!

    Dezembremos !

    beijinho

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  16. Dezembrando,
    Lembramo-nos dos sonhos de criança
    Desfeitos como castelos de areia
    e refugiamo-nos na poesia
    para fascinados "olhar para as estrelas, enquanto coisas longínquas e belas"...
    Um bom Dezembro :)

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  17. Eu sou suspeita... mas para mim este é um lindo poema de amor!


    Beijinhos ao vento
    (^^)

    (adoro os trabalhos desta artista russa... na próxima semana vai aparecer um trabalho dela lá nos Jardins)

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  18. Se tivéssemos um barco...que Dezembro é a memória dos dias.
    Belo é o jogo com as palavras.

    Beijo

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  19. Até as frágeis barcaças ousam aventurar-se, atravessando as brumas.
    nas palavras, somos!
    Sempre muito bom, Mar
    Bjo :)

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  20. Dezembrando, na inutilidade do tempo!!!
    Como eu gosto de navegar neste mar de Poesia!!

    Abraço Poeta!!

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  21. Bom dezembrar! E Bom Natal... Talvez o barco apareça, pelo mar fora,pelo mar dentro...
    Sim, "dezembrando
    se tivéssemos um barco
    quase nada seria inútil"...
    Abraço

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  22. Mareante apaixonado, em terra de marinheiros, sempre voga entre o vento e o mar.
    Magnífico Poema.
    Parabéns.


    Abraços


    SOL

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  23. "À mingua de pássaros" haverá sempre um barco à espera da fuga...
    Um beijo e um bom Natal meu amigo.

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  24. «À míngua de pássaros nesta ilha» vamos dezembrando e janeirando com as lágrimas à tona e o coração desfeito...

    Bom Dezembro, embora! Bom Natal!

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  25. voltei marinheiro a este casco para ver minha marca a navalha gravada. E porque se foi no ar deixo outra para recordar:

    Pois que se invente
    o barco para se navegar
    Vento já anda no mar

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  26. Dezembrando. Gosto muito deste mês. É o meu mês e acontecem nele momentos belos. Aliás são meus todos os meses do ano. Faço por isso. Como vir aqui ver como se pode construir um barco para continuar a viagem.

    Abraço

    Olinda

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  27. Aproveito este barco poético e faço-me viagem. Gosto.
    Beijo.

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