Pobres rios
tão rasos
que alimentam mares salgados
na esperança de serem eternos
tão cegos os seus olhos
na vertigem da escarpa
onde quase tudo converge
num ponto
inscrito na pedra
que se não verga
Pobres rios
que alimentam mares salgados
escrevem nas margens
e desaguam
estribilhos loas cantes lonjuras
a curta metragem
de uma folha
em pleno voo
desprendida
à flor da pele
Fugaz...
ResponderEliminar(Bonito, como é hábito!)
Beijinhos Marianos, MA! :)
Mas é dos rios que os mares se "alimentam".
ResponderEliminar:)
A predilecção pelo instante, o fácil ou a procura incessante do desejo.
ResponderEliminarabraço
Poema
ResponderEliminar"inscrito na pedra
que se não verga"
"à flor da pele"
(não há imagem mais bela)
é a seiva
ResponderEliminarque percorre as nervuras
que sustentam as folhas
que fazem o mar.
À flor da pele, uma folha deste outono que nos coube...
ResponderEliminarBeijo, meu amigo.
...que não se verga nem na escarpa
ResponderEliminarPor vezes somos como os rios... alimentando nossos mares... tao cegos...
ResponderEliminarLindo!
ResponderEliminarUm abraço. :))
há momentos breves que alimentam como rios...
ResponderEliminar"Pobres rios
ResponderEliminartão rasos
que alimentam mares salgados
na esperança de serem eternos"
Que lindo, Mar e de uma tristeza cortante.
São os rios os braços do mar... e as folhas levam os nutrientes mais longe... também pelo ar...
ResponderEliminarPobres rios... Pobres todos nós, seres que não sabem cuidar da natureza tão pródiga e tão sabia em seus doares.
ResponderEliminarSorrisos, estrelas, sempre!
Helena
pobres dos rios empurrados pelas margens...
ResponderEliminarantes a folha em seu cântico de queda.
muito belo.
abraço Poeta
Como sempre m poema que diz muito.
ResponderEliminarA folha caída do Outono que já
está tão próximo.
Bom fim de semana.
Um abraço
Irene Alves
«Pobres rios
ResponderEliminarque alimentam mares salgados»
Belíssimo poema!
bjs
ResponderEliminarAs margem que oprimem farão do rio fio, sede...
Lídia
Um dia os rios transbordarão e invadirão as margens.
ResponderEliminarVale esperar!
Um belíssimo poema!
ResponderEliminarBeijo
ResponderEliminarA escarpa manter-se-à incólume, resistindo às marés e à erosão dos tempos.
Abraço
Olinda
Há uma folha que, na sua beleza efémera, dança e provoca o olhar do poeta.
ResponderEliminarMais um belíssimo poema, em época de folhas soltas.
ResponderEliminarBjs
E se um dia os rios deixarem de correr para o mar...?
ResponderEliminarum abraço, boa semana!
Boa tarde, até o imenso oceano necessita de ser alimentado pelos rios.
ResponderEliminarLindo poema.
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
Os rios correm livremente, rasgando o seu caminho se for necessário. Não há obstáculos. No mar, diluem-se mas serão sempre água, alimento.
ResponderEliminarA folha pode desprender-se, voar mas também ser espezinhada e o filme não tem um final feliz...
Sempre originais, os teus poemas!
Bjo :)
Á flor da pele vive tudo que é rio a fluir por dentro. Sorte da poesia, ou sorte dos poetas que tem à poesia: é quando o rio pequenino que é, vira mar.
ResponderEliminarAbraços
e a pedra que não se verga....
ResponderEliminarperfeito...
:)
Há rios que são eternos!
ResponderEliminarLindíssimo poema!
Um beijinho.
Ailime
Belo o que diz...
ResponderEliminar"uma folha
em pleno voo
desprendida
à flor da pele"
É assim esta folha de Outono!