Há noites tão pardas
que nem parecem noites
Se as noites sonhadas
fossem mares escancarados
poderíamos em carne viva
respirar uma flor
estremecida
no pestanejar dos olhos
assim
viajantes apócrifos
mais leves que o voo
nesta feira de pássaros
sem pátria nem rosto
como poderemos ver mais longe?
hastear um beijo
no outro lado do cais
ser de novo crianças
e fazer das palavras
aviões de papel
25 comentários:
Hão-de voar de novo, esses aviões de papel pousados, temporariamente, no sem lugar da voz.
Tão próximo de mim, este poema!
Beijo meu
Havemos de ser de novo crianças e voltar a voar nas asas das palavras.
Abraço Amigo
Vi e li arte!
Olá boa noite!
É verdade...há noites pardas... tal como nós por vezes nos sentimos tristemente pardos...
Mas há noites em que a lua brilha e tudo se ilumina!
Belo poema.
M. Emília
Os sonhos estão cada vez mais comprometidos porque os Homens esquecem-se depressa dos seus sonhos de criança...
Beijinhos voadores
(^^)
Nada pior que o pardacento.
Encobre, engana, impede-nos de ver a luz.
Por isso, a esperança é o caminho.
Abraço.
E que voem...
Muito belo!
Beijo
Não só fez das palavras aviões de papel, mas Também um poema lindo.
abraços
OI, AGRADECO A TUA VISITA!! VIM AQUI E AMEI ESTE POEMA!!
UM BEIJO GDE!
um dia os aviões de papel vão voar...
:)
Acredito que há-de haver volta...
Temos que a provocar...
Bj.
Irene Alves
Chegará o momento de voltarmos a fazer os aviões voar :)
"Ser de novo crianças, e fazer das palavras, aviões de papel", é um dos caminhos para a felicidade. Convido para leres A BUSCA DO NIRVANA no meu blog http://verdeeamarelo.zip.net Abraços.
Fazer das palavras esse veículo que nos transporte para os nossos sonhos.
Boa tarde,
Ser de novo criança e fazer aviões de papel seria maravilhoso, no entanto, podemos ser crianças quando pretendermos.
Abraço
ag
Voaremos, pois claro!
Esta estrofe é única:
«assim
viajantes apócrifos
mais leves que o voo
nesta feira de pássaros
sem pátria nem rosto»
bjs
hastear um beijo/no outro lado do cais...
é sempre uma (a)Ventura.
Abraço
meu caro Poeta
Hastear um beijo aos viajantes apócrifos?
Sem dúvida é um poema interessante.
É no campo dos sonhos que realizamos os maiores voos e nada como a criança que existe em nós para alimentá-los. Bj
Salvamo-nos pela palavra. Ou pela poesia. Das palavras. Dos dias seguintes às noites pardas. Ou não. A paisagem que encanta, tanto quanto abriga. O olhar. Os sonhos, sonhados e adivinhados pela inocência. E nas asas... de papel crepom.
Boa quinta-feira.
Magnífico poema! Um dia havemos de enxergar! Bj Ailime
Sei bem de noites pardas.
Mas ainda guardo um ou outro avião de papel.
Beijão, poeta!
Deste lado do cais, a minha bandeira é o beijo que deixo no rasto deste poema. Tão belo...
Bom fim de semana, Eufrázio :)
Palavras inocentemente leves!... As da infância!...
Abraço
(as noites viajam sonhos nas asas dos aviões de papel e acordam poesia, planando sobre um mar arável)
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