Muito antes da casa
aqui passava um rio de pomares
nas margens
cohabitavam romãs
penduradas por um fio
ainda hoje
projectam na água
o corpo que lhes dá forma
simplificando
aqui nas paredes da casa
onde passa um rio
não há romãs
mas de tão desejadas
existem
repartem-se como pão
bago a bago
nas nossas bocas
e assim aprendemos
que os nossos milagres
são fáceis de explicar
9 beijos... pros milagres.
ResponderEliminarÉ o milagre da poesia.
ResponderEliminarAbraços
Detalhes que permanecem na nossa memória!
ResponderEliminarAbracinho meu!
"...retirar pepita a pepita com tempo..."
ResponderEliminar"...para convocar a parte que se reparte..."
Tempo de romã para Si.
Posso levar?
ResponderEliminarComo pedacinhos de pão,e o milagra está,como todos os milagres,explicado.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Ao lê-lo lembrei um cantinho da minha meninice onde também havia um braço de rio enfeitado de romãs...
ResponderEliminarBem haja!
Acho que já não há milagres nem romãs :((
ResponderEliminarAbraço
No céu das bocas sedentas as romãs são como estrelas vermelhas.
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarDividir, para multiplicar?!...
Um beijo
Tudo o que se reparte é fácil de explicar e é tão saboroso, :))!
ResponderEliminarBeijos
Quando o ontem se interpenetra no hoje... Belo poema.
ResponderEliminarBeijos,
Bagas repartidas...
ResponderEliminarEstamos perto disto...
BFS
Os milagres são construídos com as nossas mãos!
ResponderEliminare as romãs por vezes tem o sabor de beijos...
ResponderEliminarBelíssimo...
ResponderEliminarsereno...
sem palavras.
de grão a grão se constrói o vermelho das romãs...
ResponderEliminare se partilha a cumplicidade dos afectos.
abraço, caro Poeta.
Tão bonito...tão "doce"!
ResponderEliminar..."mas de tão desejadas/existem"! Que delícia!
Obrigada por isso. Bj
Um pequeno milagre em cada bago vivido!
ResponderEliminarBJs
belo este milagre da repartição de poesia em bagos. com sabor a romã.
ResponderEliminarLindamente
ResponderEliminarrepartes poesia
Abraço, poeta!
Poeta
ResponderEliminarMemórias que chegaram com essas romãs à beira do rio da minha infância.
Um beijinho
Sonhadora
Tão bonito! Um doce milagre!
ResponderEliminarao fundo da casa
ResponderEliminaro tempo de um rio
e um fio de milagres
simples
e claros
de vermelho vestidos
repartidos
na água que cresce
em forma de boca
bom domingo, poeta :)
simplificando
ResponderEliminaraí, nas paredes da sua casa
não é preciso explicar nada, porque há romãs e são belas
um abraço
São muitas as formas de materialização dos desejos.
ResponderEliminarAbraço.
Olá Poeta
ResponderEliminarADOREI o poema.
Gostei mais ainda do
"simplificando"
...!
Obrigado pela partilha.
Belíssima imagem da romã.
Sempre disse que ADORO O OUTONO!
Para alguém que ama fotografia é a estação do ano que se faz as mais belas fotos - este colorido é LINDO DEMAIS.
Fui fazer uma escapadinha a LEIRIA e, agora partilho com todos, aquilo que vi:
A casa do arco foi projectada por Ernesto Korrodi para aumentar a área habitacional dos dois edifícios que liga. Os arcos são uma tradição arquitectónica antiga de Leiria, pelo que por todo o centro histórico podemos ver várias aplicações dos arcos - contam-se 6 arcos, com 1 ou mesmo 2 andares.
Mesmo assim este será o único construído com Arte Nova, como se pode ver com os azulejos, os vidros e a galeria envidraçada, inspirada no Castelo de Leiria.
Nesse local existiu o HOSPITAL e Casa da Misericórdia.
Ao lado ficava a Judiaria, pelo que era essa a rua que dava aos banhos públicos hebraicos.
NOTA:
Sinto-me uma privilegiada por ter andado numa rua que faz parte da nossa história,
quem diria?
Banhos públicos hebraicos...
Um abraço de Outono!
ResponderEliminarA verdadeira amizade jamais é esquecida
por mais distante que eu esteja meu pensamento estará sempre contigo.
Linda é nossa amizade estou passando por uma chuva
não chamaria de tempestade , pois tudo Jesus resolve.
Sem sua amizade e dedicação não teria sido possivel continuar
meu coração faz uma festa quando vejo seu carinho no meu blog.
Nessa segunda feira estou passando para desejar uma semana abençoada por Deus.
E aproveitar para deixar meu carinho e mil beijos meus.
Carinhosamente ,Evanir.
Devagar Voltando...
Reinventemos romãs
ResponderEliminarE o gesto
Proclamado
Em cada verso
ResponderEliminar... "é pelo sonho que vamos" :)
por todos os sonhos que o teu poema sugere
ou a multiplicação dos peixes
Sabe, amigo,
ResponderEliminaros construtores conseguiram esse milagre!
Mas as romãs ainda estão no nosso subconsciente.
Um abraço|
E como cada um de nós temos (e necessitamos d)o nosso milagrário, simbolizados aqui pela romã, essa tão "mística" e "mítica" fruta, reunida em grãos poéticos!
ResponderEliminarEufrázio, o tempo havia me engolido, de modo que andei ausente dos blogues que habitualmente visito, e que agora estou tentando atualizar as leituras.
Beijo!
Muito bonito! Cheio de esperança e de sensibilidade...
ResponderEliminar(...)
"aqui nas paredes da casa
onde passa um rio
não há romãs
mas de tão desejadas
existem"...
Basta "desejar" a romã e os bagos podem aparecer como na bela imagem...
Ler-te é amanhecer com Luz. É saber do milagre de voar através das palavras mais ternas, mais livres, mais humanas. Bem hajas!
ResponderEliminarComo uma brisa que afaga o rosto...
ResponderEliminarLindo!
Beijinhos.
É bonito!
ResponderEliminarComo as romãs!
Um beijo