terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

SEM MUROS NEM AMOS (2)







Um vaso de barro
exibia estrelícias
a crescerem minguadas
na boca das sementes
desapercebido
do espaço exíguo
onde viviam

parecia incólome
no conforto do jardim

até as flores se desnudarem
das cores
estilhaçarem grilhetas
e sereníssimas
habitarem o chão

sem muros nem amos


 

38 comentários:

  1. Somos flores em potes de barro, sedentas de habitarmos o chão, "sem muros nem amos".

    Beijinhos

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  2. "sem muros nem amos"... assim queremos que sejam os nossos dias. :)

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  3. Rasgaram amarras e foram cor e brilhos de novos amanheceres.

    Gosto tanto!


    Um beijo

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  4. O belo improvável é sempre tão mais belo que até a natureza abre passagem.

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  5. Como tudo deve ser,"sem muros nem amos".

    Um abraço,
    mário

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  6. Os muros, quaisquer que sejam, cerceiam sempre a liberdade...
    Sempre pertinente!

    Abraço

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  7. Tão livre e tão serena, como deviam ser todas as mortes...

    Beijo

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  8. Poder-se ia dizer que... "a liberdade está a passar por aqui..."!

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  9. Temos de romper os muros e escorraçar os amos!
    Abraço

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  10. como tudo devia ser.

    sem muros nem amos.

    poema tão actual e tão bonito.

    beijo

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  11. Sempre a liberdade...
    Que as amarras impedem de viver.

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  12. Estrelícias em exíguo espaço, vaso, só podiam acabar mortas no chão.

    A liberdade é essencial.

    Beijo

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  13. "Sem muros, nem amos".
    Como todos deverámos ser, como todos deveriamos estar...

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  14. Para desconforto de muros e amos, são as flores que habitam o chão.

    Um beijinho

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  15. Para que nada nos pareça incólome
    no (des)conforto deste jardim (à beira mar plantado)

    sejamos os cravos
    que já empunhámos

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  16. As estrelícias perecem entre as amarras!
    Liberdade?
    Bj.

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  17. Só com a morte seremos totalmente livres.

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  18. Lindo poema! Ainda estão por abrir as pétalas da liberdade!

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  19. Um tapete de flores... para nos amortecer as passadas. Isso é que era!

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  20. Sem muros nem amos é o sonho de todas nós.
    Um abraço

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  21. Concordo em absoluto: com muros e amos crescemos minguados. E aqui está a prova de que "estilhaçar" nem sempre significa destruir, bem pelo contrário.
    Gostei imenso.
    Um abraço.

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  22. Lindas e raras, as flores que habitam, verdadeiramente o chão...fantástico poema.

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  23. E... as palavras soltam-se como pétalas que caem... sem muros nem amos onde
    "
    até... as flores se desnudarem
    das cores
    estilhaçarem grilhetas
    e sereníssimas
    habitarem o chão "

    Maravilhoso poema

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  24. Sem muros, nem amos, nem grilhetas, assim se querem as pessoas e os amores.
    Belo poema!
    Bjs.

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  25. Uma bela metáfora para a necessidade de nos libertarmos dos inúmeros grilhões que nos constrangem.

    Um abraço.

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  26. As palavras servem de tempero à vontade de crescer e jorrar em liberdade.

    Abraço

    Bom fim de semana

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  27. Passei por aqui para ler um poema e li-o! Desta vez não vou partir o vaso de barro, vou-me entre muros, o meu amo chama-me.
    Um abraço a caminho da cozinha

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  28. um vaso de barro

    metáfora de um desejo de estilhaço

    porque crescer, é esbracejar


    eu nunca saberia falar da liberdade assim deste seu jeito

    um abraço

    manuela

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  29. A liberdade é sempre uma flor que brota cheia de beleza!

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  30. Na liberdade do seu descanso...
    Bom fim de semana!

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