DALI
Imponente e doce no fervor dos silêncios
produzias saberes incendiavas pedras
eras um rio abrupto
a desbravar margens
e eu soltava-me vertiginoso
no teu corpo lìquido
aprendia a navegar
Quando tateavas brumas
de olhos abertos não vias nada
mas vencias espaços esquinas e becos
eras um rio de beber
às mãos cheias por entre os dedos
corpo fluido no refúgio das águas
sussurro de harpas
por toda a escarpa
véu de noiva
luz de fósforo
a alumiar destinos improváveis
barcos de passagem
Barcos que apesar de passagem, permanecem incólumes nas eternas marés da emoçao que a sua poesia nos causa!
ResponderEliminarDizer alguma coisa, seria pecado. Poderiamos distrair o barqueiro.
ResponderEliminarapenas 5 bjs, suaves na testa.
Deslizando por aqui, como um barco de passagem - vertiginosamente. Mas de olhos fechados, porque barcos me assustam mais que aviões. ;)
ResponderEliminarmaravilloso
ResponderEliminarCorroboro o comentário de www.amsk.org.br e fico-me por uma leitura silenciosa e sentida perante tanta emoção...
ResponderEliminarBeijos
Sem palavras perante a magia das (tuas) palavras!
ResponderEliminarAbraço
É importante continuar a navegar.
ResponderEliminarBeijo
Sempre os gostei de ver a subirem e a descerem rios... como que a escreverem histórias!
ResponderEliminarMesmo de passagem...vale a pena...
ResponderEliminarBjs.
Deixo-lhe esta imagem que me fez lembrar o seu poema.
ResponderEliminarANA
ResponderEliminarGrato pela excelência
da imagem
Soberbo!
ResponderEliminarE calo-me perante a beleza das tuas palavras.
Beijo-te.
Doce o amor ... que suave desliza nas águas, serenas ou revoltas, conforme a brisa que insufla a vela do barco.
ResponderEliminarBeijo amigo,
Ná
E meu barco navega agora por aqui.
ResponderEliminarbj
...demorei...mas cheguei!
ResponderEliminarPensavas que não viria??? Nada disso...
Li e achei uma delícia:
"eras um rio de beber
às mãos cheias por entre os dedos
corpo fluido no refúgio das águas"...
Tão doce...um ancanto, mesmo...
Lento, forte e doce, o fluir do teu poema!
ResponderEliminar"
ResponderEliminareras um rio de beber
às mãos cheias por entre os dedos
corpo fluido no refúgio das águas"
Todo o poema está excelente, mas esta estrofe foi como um afago.
Abraço.
Julgo que os barcos e a fluidez dos rios podem ser também bonitas metáforas para os vários processos da vida!!!
ResponderEliminarAbraço
Juntar a poesia a Dali = perfeito.
ResponderEliminarUm abraço,amigo
Irene
E tateei brumas
ResponderEliminarno teu mágico poema
Um voo.
Lindo!
Abraço daqui
Lindo
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Passamos... como barcos e como pássaros.
ResponderEliminaruma imagem que ilustra bem o poema.
ResponderEliminare sim os barcos são de passagem assim como os seus marinheiros.
um bom fim de semana.
beij
Que maravilhoso poema, fantástico parabéns
ResponderEliminarAdorei
E quantos de nós se atreveriam a abandonar-se a alguém / algo que de olhos abertos não via nada?
ResponderEliminarHaja fé... :)
Um abraço.
há um encanto nesses barcos que desbravam vertiginosamente os mares, há sim.
ResponderEliminare eu infinitas vezes entro muda e saio calada, no receio de estragar a beleza dos momentos que aqui nos proporcionas.
é embriagante a beleza da tua poesia.
agradeço-te a permissão de aqui me passear.
beijo meu, Mar.
Todos os barcos são de passagem...
ResponderEliminarExcelente poema, como sempre.
Abraço.
rio
ResponderEliminardeveria se um substantivo feminino,
mas permanecer rio
ria, é um outro braço de mar
um abraço
Um mar doce de palavras e de amor.
ResponderEliminarbeijinhos
E neste rio, suave terno e manso onde aprendemos a navegar, te diria -
ResponderEliminar"olha este azul do céu
Esta imensidão do mar
Que foi sempre o teu olhar."
Beijinhos
Ná
Querido amigo Mar,
ResponderEliminarUm poema sublime, uma leitura das emoções nestes belos versos.
Beijos com carinho e ótima semana.
"Imponente e doce...
ResponderEliminar...eras um rio..."
Em cada barco que passa
vejo e sinto
por instantes...
...instantes tão longos
...tão longe
...tão perto...
...
vejo e sinto
movimento/aventura
coragem
perseverança
música
luz
princesa
Há nesta poesia um "não-sei-quê" que nos leva... Talvez um barco silente a atravessar um "corpo líquido" talvez só um gemido de harpas, uma luz...
ResponderEliminarTemos então: a água - (corpo líquido), a música e o fogo... Elementos essencias na construção de um canto de amor.
Um beijo
Grata pelas palavras no "Searas"
Lídia
poesia cristalina. de beber e saciar a sede...
ResponderEliminarabraço, poeta amigo
Um múrmurio de Harpa, sim
ResponderEliminarA poesia não se detém.
ResponderEliminarUm abraço, Eufrázio
A sua poesia, meu caro Eufrázio, é como um barco que conhecendo rios, oceanos e marés, navega sereno sobre as palavras, para nos dizer das certezas que se encontram na profundidade das águas.
ResponderEliminarPor isso, é sempre belo o que escreve.
Um abraço
"Destino improvável, barco de passagem."
ResponderEliminarQue triste!
Que frase tão insensivel Eufrázio.
Um homem tão romântico, com esta afirmação parece não ter sentimentos.
Bem... Haja o que houver, com uma Noite de rezas profundas e devoção, rapidamente o AJUDO a voltar ao meu coração.
E nas veias do seu mar ficar toda a minha emoção.