Neste chão de aceiros improváveis
movimentam-se barcos e afectos
sementes que exultam
memórias remos e passos
Ainda hoje este espaço
de fragatas faluas e sapais
é exiguo
para tantas vozes que se erguem
como os pássaros
Neste pomar de águas correntes
ascendem perfumes de revérberos
que alumiam margens
e temporais
do ventre até à foz
Mar,
ResponderEliminarNa minha compreensão do conteúdo dos versos , na estética do próprio...Que poema bonito!!! Obrigada
Beijos com carinho e ótimo domingo.
Um poema bonito onde se salientam metáforas que muito bem se enquaram nos tempos que vivemos.
ResponderEliminarBem-hajas!
Abraço fraterno
Quanto aos aceiros... lembrou-me que, neste chão, não se limpam os que ajudam aos fogos mas se continua a "limpar" onde deveria ser impensável :)
ResponderEliminarBjos
O perfume intenso do vento batido e da chuva não apaga as memórias mas deixa-as fluir.
ResponderEliminarPoema belíssimo, azul, apesar do preto e branco da fotografia tão especial.
Vamos continuar a caminhar num mundo de sonhos que a realidade está muito difícil...
ResponderEliminarSublime desde o ventre das palavras até à foz dos sentidos.
ResponderEliminarUm abraço, Eufrázio
O mar é sempre escasso para a barca da nossa vida.
ResponderEliminarDas tempestades insondáveis que se alastram sobre nós.
ResponderEliminarL.B.
Lindíssima e tão profunda a mensagem, que sendo um retrato belíssimo da tua terra, pode ser toda ela um quadro metafórico para um país inteiro...
ResponderEliminarBeijos
Branca
A exiguidade do espaço não tolhe o movimento ininterrupto das marés, o verde rubro da bandeira, uma nação, a fé dos homens em dias percorridos do ventre à foz, na liberdade que alumia as margens, ainda possíveis, de um tempo novo. Há que acreditar na força da semente de Abril lançada à terra.
ResponderEliminarAbraço daqui, meu amigo.
Mel
Haja mar e foz, e todos os ventres continuarão a sonhar azul.
ResponderEliminarUm abraço
Na torrente das palavras, desaguas.
ResponderEliminarAbraço
Do ventre até a foz. E se o espaço não fosse tão exíguo, até onde iria?
ResponderEliminarbeijos
num espaço assim
ResponderEliminarelejo as fragatas, porque são do Tejo
um abraço
manuela
Olá
ResponderEliminarNão quero desaguar no mar revolto que nos espera...
Deixa-me sonhar!!!
Bjs.
O espaço pode até ser exíguo para outras manifestações, mas transborda poesia e emoção!
ResponderEliminarMeu caro Eufrázio;
ResponderEliminarExcelente poema, onde as metáforas lhe dão força e beleza.
Gostei imenso.
Um abraço.
«barcos»
ResponderEliminar«sementes»
«afectos» ...
...Tantos!!!
por ti deixados
no concelho
por ti erguido
«do ventre até à foz»!!!!...
princesa