Gaudiol
Junto ao portão
os cães ladravam
aos outros cães
porque havia um portão
de faúlhas
e a noite acordava
com pássaros claros
E agora?
neste restolho de latidos
e gestos inacabados
que hei-de fazer
a tanta luz?
que hei-de fazer
quando te deitas
nas escadas do templo
a tecer fios de música
e os cães não se calam?
Tenho dito (por aí) que a arte é a coisa mais necessária, logo a seguir ao pão.
ResponderEliminarDepois de te ler, não sei não... (talvez o comentário seja excessivo... Se for, é da comoção)
Depois de uma ausencia de leituras "amigas"...vou-me chegando pouco a pouco e voltar a ler-te de novo em alta voz.
ResponderEliminarBeijo, pois.
Mar,
ResponderEliminarA ilustração é fantástica e o poema, enquanto leio no exercício da sensibilidade, os meus sentidos vão descodificando toda a beleza dos versos. Obrigada
Beijos com carinho, um ótimo domingo e excelente semana.
Quem tece fios de luz,
ResponderEliminarse banha de luar,
se veste de aurora e se alimenta de amor.
Bom vir aqui, me fez bem.
bj - cozinha dos vurdóns
Quando a noite acordar com pássaros claros,calar-se-ão os cães.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
"e os cães não se calam" mas a caravana está demasiado lenta, será que (desta vez) passa?
ResponderEliminarabraço
Faz como José Gomes Ferreira e manda apagar a Lua.
ResponderEliminar"Lâmpada dos cães e dos poetas magros".
Abraço
que beleza de poema.
ResponderEliminaradorei lê-lo.
mar, agora vou estar mais no Letras & Sensações http://letraseletrass.blogspot.com/
um beijinho
Ana
Há que mergulhar a fundo na luz, não é? E deixar de ouvir os cães...
ResponderEliminarDeitar-te ao lado dela e cantar!
ResponderEliminarAbraço
Os cães relembram-nos que devemos estar atentos aos sinais...
ResponderEliminarUm poema de um alerta angustiado!
Verdadeiro...
Ficarmos presos ao passado é criar uma amarra, que não nos liberta para seguirmos em frente.
ResponderEliminarBeijo
Neste restolho de latidos, onde nos encontramos, há que seguir a luz e estar atentos ao ladrar dos cães.
ResponderEliminarbjs
Quantos códigos, sinais,
ResponderEliminarnesta precisão de luz...
Lindo!
Abraço
"e a noite acordava
ResponderEliminarcom pássaros claros"
os anjos da noite...
Transformar-se num elemental e balançar os fios de música com a paixão contida quando a vida se faz nessa luz que te tonteia e envolve. Quero ver cão não se calar...
ResponderEliminarConcordo com o Rogério. A arte é o pão do espírito e este também pode morrer de fome.
ResponderEliminarAqui nunca se morre.
Beijos
Mar Arável,
ResponderEliminarRegressei do mar e agradeço o perfume que dele emana aqui.
Abraço!:)
Luminoso.
ResponderEliminarUm abraço
"Faúlhas"... sinais que nos acordam! Ou não!
ResponderEliminarAbraço
Quicas
talvez os cães se calem...
ResponderEliminare os fios de música serão quiçá também de luz..
um beij
...é sempre um gosto mergulhar ...por aqui...e banhar-me na tua criatividade...
ResponderEliminarHá sempre luz nos fios de música que teimam em desfiar os gestos inacabados....
ResponderEliminar...E cada latido outro cão vai tecendo, como os galos, a madrugada.
ResponderEliminarnunca a luz é em demasia, meu amigo.
ResponderEliminare os cães são sempre premonitórios do devir, lugar onde as coisas se transformam.
um abraço daqui, a minha gratidão pela luz dos seus textos, belíssimos.
Mel
PS: abraço também aos companheiros de quatro patas.
Que fazer, Poeta?
ResponderEliminarA luz está lá, os cães não se calam. E nós?
Abraço, Eufrázio.
O restolho dos nossos sentimentos esbarram em cães de guarda... Um belíssimo poema.
ResponderEliminarfechar os olhos e sentir o que todos os sentidos nos fazem sentir...dar-lhe a mão e voar...como os pássaros fazem. Sentir o seu cheiro e fechar os olhos...tocar e morrer...e a alma tornou-se azul....
ResponderEliminarUm abraço
Blue
que os fios de música inundem o templo. e a luz perdure...
ResponderEliminarsublime.
abraço, meu caro Poeta
Nem todas as noites acordam com pássaros claros.... que pena!
ResponderEliminarUm abraço, Eufrázio
Tanta luz só pode ser a cor dos pássaros nocturnos...
ResponderEliminarUm beijo
... e os cães não se calam?
ResponderEliminarPior ainda... há muitos, por aí, prontinhos a ferrar o dente... isto vai ser a Feira dos latidos e do permanente abocanhar ;)
Bjos
Queria só dizer-lhe: é tão bonito o poema!
ResponderEliminarAbraço
o falcão
Aqui mesmo ao lado há um cão que aprendeu a uivar como se fosse a cantoria de um galo.
ResponderEliminarQuem sabe a solução para tanta dor passa por aí... por reaprender a cantar.
É sempre um prazer te ler.
ResponderEliminarBeijo
Que hei-de fazer a tanta luz? Guardar como reserva, ao preço a que ela vai chegar :) Brinco. Ou nem tanto. Reservas de luz são sempre necessárias, porque há sempre "lugares" pouco luminosos.
ResponderEliminarUm abraço.
Naveguei aqui entre o sentir, o olhar e as ilusões. Palavras e imagens combinaram perfeitamente num sopro vago entre o ontem e o hoje.
ResponderEliminarE agora, o que faço?
bacio
Na luz os latidos ecoam em farrapos de som...amanhã o som virá.
ResponderEliminarBj.
Poeta
ResponderEliminarNa noite se envolvem todos os segredos...todos os medos.
Um beijinho
Rosa
"...que hei-de fazer
ResponderEliminarquando te deitas
nas escadas do templo
a tecer fios de música
e os cães não se calam?"
Um abraço envolto em fios de música onde a luz da ternura possam calar os cães que vos olham embevecidos...
Adorei este poema. Obrigada pela partilha da beleza.
ResponderEliminarIgnora os cães
ResponderEliminardistribui a luz
e
nas escadas
aconchega-te
com o tecido de música
princesa