Nas paredes mais navegáveis da casa
os teus retratos a preto e branco
com muitas cores
soltos de margens
são meandros vertebrados
onde cantas silêncios
em campânulas de sons
ateias relâmpagos por entre vagas
desmandas sílaba a sílaba
remoçada de lábios
o esconderijo das palavras
Quase silvestre e maternal
dedilhas fios de linho
no tear onde te oiço
sussurrar claridades
passos remos e passos
Nas paredes mais navegáveis
navego-te os timbres
até à fímbria de um sopro
onde emerges em flor
nos meus olhos
Deslaças-te
As palavras não deslaçam, enlaçam. Belíssimo!
ResponderEliminarBelíssimo!
ResponderEliminarQuem tem palavras de si, para comentar tanta beleza das tuas palavras?
Abraço
Bonitos, quadro e poema!
ResponderEliminarE com os fios de linho te deslaças.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Lindíssimo!
ResponderEliminarAbraço
Continuas a encantar.
ResponderEliminarAbraços.
Ao centro das paredes
ResponderEliminarcanto silêncios
para que façam eco!...
Eco que faça vibrar
corações distantes
Distantes das memórias
das "paredes navegáveis"
com imagens de "todas as cores".
Parabéns por mais esta criação!
É sempre agradável
encontrar um barco novo
no seu, mas
também nosso
"mar arável"!
princesa
Em cada fio de linho nasce a palavra-água de um poema.
ResponderEliminarParabéns!
Bj.
Um deslaçar pleno de cumplicidade, tecido em palavras ternas e profundas...
ResponderEliminarAbraço
Navegar pelos retratos expostos numa parede; eis uma ideia que nunca me tinha ocorrido.
ResponderEliminarpoema sereno. em plenitude de sáfaras. e colheitas...
ResponderEliminarbelissimo
abraço, Poeta.
Uma
ResponderEliminarFlor
uma viagem tendo como pano de fundo um retrato ( a sépia)com a imaginaçao poética nas palavras do autor.
ResponderEliminarum beij
Ao contrário do título, meu amigo, as tuas palavras fascinantes (nos) enlaçam.
ResponderEliminarUm abraço.
Palavras a navegar um corpo...
ResponderEliminarUm beijo.
No deslumbre da musicalidade poética, enlaço-me nas palavras e fico, sem saber de mim, simplesmente. Apenas a flutuar no que é perfeitamente belo.
ResponderEliminarUm abraço
... nos meus olhos se deslaçam as tuas palavras como fios de linho, Mar, tecem uma renda como a espuma das marés a se desfazer na areia porosa.
ResponderEliminarMe encanto com a tua escrita, Poeta.
Beijo.
Belíssimas palavras enlaçadas!
ResponderEliminar'Retratos soltos de margem' inspiram liberdade, prolongamento... materialização e dinâmica do que é imaterial e estático. São retratos sem as amarras das molduras e também por isso ganham vida e convocam-nos a reagir.
ResponderEliminarSem dúvida, gosto de navegar nas palavras do teu mar.
ResponderEliminarJogas com as palavras de uma forma que eu invejo.
"...são meandros vertebrados
onde cantas silêncios
em campânulas de sons..."
LINDO!
Beijinhos e bom fim de semana
Até o laço mais frágil é difícil de desatar...
ResponderEliminarA poesia assim dá gosto...
ResponderEliminarÉ toda uma ternurenta passagem de modelos em que os modelos são... as palavras...
Belíssimo, intimista e se por vezes as palavras ficam muito aquém dos sentimentos, nesta poesia elas ficam muito próximo da emoção e do sentir, por isso nos levam numa onda de espanto...
ResponderEliminarO quadro é belíssimo, muito apropriado!
Beijos
Branca
Lindissimo
ResponderEliminarBeijos
Paula
Lindo, este deslaçar...
ResponderEliminarUm abraço
Enlaças.
ResponderEliminarBeijinho*
*
ResponderEliminarenlaçaste-me,
nas palavras navegáveis,
em Nau Catrineta feitas !
,
conchinhas,
,
*
beleza que navega
ResponderEliminarfirme
em forma de arte
cumprimentos
... de mestre.
ResponderEliminarE a mestria fala por si.
Beijinho
Um poema para tecer...! Belo!
ResponderEliminarAbraço
A poesia
ResponderEliminardo tear
ilumina.