quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

FORMOSA DUNA



Exausta
a formosa duna
movia o corpo para o mar
quando em desassossego
se libertou do vento
num grão de areia

rasgaram-se portas e janelas
mas a duna permaneceu vertebrada

talvez porque vagarosos
desertos sibilinos
ainda habitam os quadros nas paredes

exalam perfumes insofridos
por toda a casa

32 comentários:

  1. Há dunas que não resistem às marés vivas. Mesmo as vertebradas. Mas resistir é preciso!

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  2. Um deserto cheio de mistérios... sons e tons.
    Um abraço
    Chris

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  3. Quando na duna assentam as palavras e a poesia.

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  4. Encantador, como a poeira que leva a areia cem cegar... Bom ano cheio de versos verdejantes!

    Lacrima D'Oro

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  5. apesar de tudo, a duna corpo resistente. bom ano, inspirador e pleno de paz.

    abraço.

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  6. Há dunas bem mais vertebradas do que aqueles que teimam em destruí-las.
    Abraço

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  7. Belíssimos desertos que perfumam toda a casa!
    Versos e imagem que me deixaram presa no momento vivido.
    Beijos
    Branca

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  8. Desassossego agradável ler estas palavras...

    Beijinho*

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  9. Volúvel, aguardará a melhor oportunidade para continuar sua caminhada...

    Belo poema.

    Saudações

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  10. esse chamamento lírico...

    voz de memória que se deita e adormece connosco no arrepio da pele.

    vertebradas são as paredes da casa
    a suster a permanência de antigas imagens.


    ______ um beijo Eufrázio

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  11. A notícia que hoje partilho foi enviada pela Direcção da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura; Recreio e Desporto, que começa por se afirmar "surpreendida pela iniciativa de dois dos seus dirigentes - José Carneiro - Presidente do Conselho Fiscal e Fernando Vaz - Membro do Conselho Nacional que, às 18,00 do dia 5 de Janeiro de 2010, iniciaram uma GREVE DE FOME frente à Assembleia da República, ao cimo da Avenida D. Carlos I".

    Mais adiante, revela-se que "Estes dois colegas, dirigentes de longa data, exigem do Governo a definição e aplicação da Lei 34/2003 de 22 de Agosto; a resposta à proposta de apoio ao Movimento Associativo 2009/2012; a participação da Confederação no CES - Conselho Económico e Social, no CND - Conselho Nacional do Desporto, no CNPV - Conselho Nacional de Promoção do Voluntariado e exigem da Assembleia da República o agendamento e a discussão das propostas de lei apresentadas pela Confederação às quais, alguns partidos ainda não se dignaram, tão pouco, acusar recepção".

    Diz-se ainda naquela informação que tal situação não poderá manter-se por tempo indefinido, carecendo de resposta e medidas imediatas por parte das entidades competentes, "pelo que a Confederação apela que no mais curto espaço de tempo seja recebida e sejam dadas as garantias que o Movimento Associativo Popular, composto por mais de 17.000 Colectividades, 260.000 Dirigentes Voluntários e Benévolos e cerca de três milhões de associados, sejam ouvidas e tidas em conta as suas opiniões e reivindicações".

    A finalizar "A Confederação solidariza-se com os seus colegas Dirigentes, responsabiliza as entidades que não correspondam a este apelo desesperado, mas justo e consciente dos nossos colegas e apela a todos os associativistas, a todos os voluntários e estruturas locais, regionais e nacionais que se solidarizem com os nossos colegas, apoiando-os no local e enviando apelos aos Órgãos de Poder político, nomeadamente ao Governo, à Assembleia da República e ao Presidente da República."

    Esta notícia foi enviada ontem. A sede da CPCCRD situa-se na Rua da Palma, 248, em Lisboa e podem saber mais em:

    www.confederacaodascolectividades.com

    www.museudascolectividades.com

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  12. ...e assim permanece, mudando, imutavelmente...
    Saudades das dunas de Cabo Frio.
    Bjssssss e um ótimo 2010 margeado por poesias !!
    Si

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  13. As dunas: tão íntimas do vento e do mar...
    Um beijo.

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  14. Até as dunas podem resistir ao vento mais forte.Emagrecidas, mas resistem!

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  15. Há "dunas" que provocam textos assim...
    Ainda bem!

    Abraço.

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  16. tem imagens muito belas este poema, o vento na areia, a dor no perfume, gostei muito... um beijo*

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  17. Tantas vezes pensamos em mudar nosso próprio mundo. E tantas outras conseguimos somente ver à nossa volta aquilo que nos prende ao chão.

    Beijinhos

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  18. há sempre um grão de areia que se liberta da ossificação das dunas. assim o vento seja de feição...

    belíssimo.

    abraço, Poeta!

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  19. Gostei desta imagem ondulantemente feminina da duna!

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  20. Haverá em todos os homens
    que desabitam os quartos
    a fome de um deserto sibilino?

    Abraço, neste pó de tempo, Eufrázio.

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  21. Gostei muito deste poema e dos restantes.
    Talvez um dia eu consiga escrever tão bem e a construir o meu blogue
    Bom ano

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  22. O deserto e o silêncio são almas gémeas...

    Adorei.

    Bom domingo.

    Desculpa o atrevimento, mas gostaria de ter a tua permissão para o publicar lá em casa. Desde já, grata.

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  23. Bonito e muito bonito!
    Usastes uma figura que me levou a imaginar uma duna-serpente e em aromas a dançar dentro de um pedaço de mim antes de ser paisagem.
    Fez-me bem.

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  24. E chegará o dia em que o grão de pó dará o voo à duna.

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  25. E tanto se moveu...
    que
    quase desapareceu.
    Mas
    aquele grão de areia
    continua
    para cá do azul
    em cada deserto
    a "habitar" paredes
    a "exalar" perfume
    por toda a casa!!!

    princesa

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