René Magritte
Desde as últimas pétalas
que não te via neste mar
tão breve
solidária
pelo tempo fora
Reconheci-te peregrina
pelo ressoar das águas
Trazias referências inscritas
nas asas
uma espécie de destino
memórias incumpridas
sem palavras nem repouso
à descoberta de uma pausa
na fissura das escarpas
Gostei de te ver
no cimo dos meus olhos
onde a luz se ateia
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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37 comentários:
Caro Eufrázio Filipe,
...
Gostei de te ver
no cimo dos meus olhos
onde a luz se ateia.
Lindo poema.
Abraço
Emocionou-me!
Tão lindo!
[...uma espécie de destino
memórias incumpridas
sem palavras nem repouso
à descoberta de uma pausa
na fissura das escarpas]
Obrigada!
Beijo.
Reconhecer os sinais,
traduzir a mensagem,
saber.
Assim são os elos que dificilmente o tempo destroi.
Um abraço.
Não é ateia, porque acredita, a luz que se ateia na teia de olhares, mesmo que ateus sejam os tecedores que mutuamente se ateiam na fissura das escarpas.
Abraço
Na fissura das escarpas as gaivotas são flores.
Abraço
Eu gostei de ler este poema.
Onde há luz, há sombra, há identidade -- às vezes, sim; outras, nem tanto -- haverá harmonia, entendimento, paixão...
Esta a mensagem que o poema me parece transmitir.
Muito bem construído.
saudações
Muito belo este ressurgir das águas
de um mar
que é arável..
Beijo
rara a beleza!
beijo. do Piano.
Aí: onde a luz se ateia!
Muito bonito. Gostei imenso. Beijos.
tão pura
esta asa
de recados incumpridos.
e a água
um regaço de memórias
onde a luz se ateia
______
um beijo, Eufrázio.
A luz que nos vem do encontro com alguém que se ama tem este brilho...
Beijinho
Há uma emoção contida nestas palavras que tornam o poema muito mais encantador!
Um abraço
Eufrázio,
já lho disse pessoalmente. Repito: a sua poesia é de uma beleza e de uma leveza extraordinária. Um voo sublime por sobre e sob as escarpas dos sentidos.
Só lhe posso ser grata pela generosidade da partilha.
Receba um fraterno abraço
Mel
adorei...simplesmente adorei...
Belo. Como a luz. E os pássaros. E as pétalas.
há palavras que são como olhos abertos dentro dos poemas. são estas que hoje escreveu. um beijo*
Arrasadoramente belo...
Beijos
:))
Senti as palavras como pétalas dum tempo renovado...
Um beijo
Chris
"Gostei de te ver
no cimo dos meus olhos
onde a luz se ateia"
Neste mar... arável!
Belíssimo! Adorei o poema e a imagem enquadra-se na perfeição.
Beijinhos
Meu amigo, as memórias incumpridas das quais se sentem saudades, talvez sejam as piores de viver.
A ilustração é muito bela.
Que o teu fum de semana seja agradável
gostei de te ler,
como sempre...
Que seria de ti sem este Mar ?
Beijinhos
Gostei de te ler.Beijos
"Reconheci-te peregrina
pelo ressoar das águas"
Muito belo!
Um abraço.
Gostei de o ler
No fundo dos meus olhos
Onde a luz se ateia
:)))
[Já alguma vez lhe disse que acho o nome do seu blog muito bonito?]
...um poema de muita sensibilidade!
Palavras ternas, imagética perfumada.
Uma 4ª estrofe belíssima!
Magritte, um dos mais criativos!
Belo poema!
Obrigada!
Um abraço
Tão belo...
"Gostei de te ver
no cimo dos meus olhos". Adorei.
Um beijo de carinho.
Onde a luz se ateia e lê as sombras de braços feitos asas.
Um belíssimo poema que aqui nos deixaste.
Abraço,Poeta!
sublime o teu talento!
(não resisti à tentação de ler alto: - é essa a medida onde reconheço "meus" poemas de eleição)
E eu gostei de te ler. Um poema luminoso.
Lindo, o seu poema !
bj
Bela luz no cimo destes olhos!
Abraço.
Mar Arável,
Esse é o título que eu daria a um poema.
De forma muito bela, vc se antecipou!
:)
Beijos,
Marcelo.
mas tão tão tão belo!!!!!
Será que: neste sonho azul, o ideal se desenvolveu?
Abraço
regresso com saudade da
BELEZA
.
um beijo
Fascinante.
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