QUE O RIO DESAGÚE
Quando o vento em lufadas
implacável zurzia
na fenda das escarpas
nós estávamos inocentes
nas ameias deste mar
a contar o tempo pelos dedos
Aguardávamos que o rio
desaguasse até ao fim
para a grande festa das águas
Só por isso soltámos os barcos
e as aves se embalaram
nos mastros enlouquecidos
e tu começaste a chover
relâmpagos nos meus olhos
Foi quando descobrimos
ao alcance das mãos
todas as belas tempestades
e nos desnudámos de tudo
com gestos simples e lentos
por todo o corpo
mas ainda hoje aguardamos
sábios e mudos
que o rio desagúe
Belíssimo poema!
ResponderEliminarum abraço
Sábios e mudos
ResponderEliminarSim...
A beleza chegou -me ao fim da noite
Ou princípio da manhã...
Beijos
Da sabedoria.
ResponderEliminarSábios e mudos - loucos e atirados. Talvez um dia o rio desague. Talvez... E os sábios continuarão mudos e os loucos... os loucos sempre serão loucos.
ResponderEliminarAté uma melhor oportunidade, deambulei por PARIS e já estou de volta...fugi dos temporais do Porto e de Lisboa, tudo por cá voou, ventos fortes e chuvas intensas e eu por lá passeando, feliz da vida.
ResponderEliminarEu ADORO o Outono e nesta viagem vim maravilhada com as belas paisagens que esta estação do ano proporciona.
Já agora, se pudesses onde irias fazer um "weekbreak"?
Vamos sonhar um pouco e dizer aquilo que nos apetecia fazer...onde ir?
Abraços.
Parabéns pelo belíssimo poema.
ResponderEliminarVou montar outra exposição de fotografia.
A exposição procura divulgar o que vivenciei pelos caminhos da Índia. Tendo como ponto de partida a fotografia, faço uma reflexão através do tempo sobre imagens que descrevem a solidão dos povos e o significado do seu sofrimento bem como da sua alegria envolvida pela pobreza de géneros necessários à sua sobrevivência, a par da solidariedade e esperança de uma justiça digna.
Aos poucos vou conseguindo aquilo que quero, ou seja, esta EXPOSIÇÃO está aberta aos sábados de tarde, para proporcionar às pessoas que trabalham a oportunidade de a visitar numa tarde de sábado.
Estás convidado para a inauguração no próximo sábado, dia 21 de Novembro, pelas 14h 30m.
Será desta que nos vamos conhecer?
Conto com o apoio de todos os que me têm acompanhado ao longo deste tempo, na blogosfera.
Um abraço forte.
No mar.
ResponderEliminarRios desaguam no mar e que cantem, como Dorival Caymi:
"É doce morrer no mar..."
Lindíssimo.
ResponderEliminar...e tu começaste a chover
ResponderEliminarrelâmpagos nos meus olhos...
Belíssima imagem. Belíssimo o poema.
Um abraço
Os rios nunca desaguam até ao fim. Só quando secam, mas aí deixam de ser rios...
ResponderEliminarTens, pois, todo o tempo do mundo para aguardar que o rio desague.
E este é um dos poemas mais bonitos que já li aqui...
Beijos
na foz. esta. sempre em largo movimento de águas mil.
ResponderEliminaronde a palavra desagua e cresce.
beijo meu Amigo.
P.s. amanhã dá aquele abraço à nossa amiga G.?
bom fim de semana....Poeta.
Porque o teu rio é um rio sem foz.
ResponderEliminarBelo poema.
"sábios e mudos"... o resto grita o poema.
ResponderEliminarUm beijo.
O sentir na liquidez do tempo.
ResponderEliminarBelo.
Bj.
E aguardamos. E aguardamos. Uma espera ábia. Um embalo.
ResponderEliminarBelíssimo, descarnado, desventrado, como sempre.
ResponderEliminarentrega e esperança.
ResponderEliminare enquanto aguardamos que o rio desagúe somos inocentes.
ResponderEliminarum beijo.
Puro sentimento.
ResponderEliminarExaltante.
Muito bem escrito.
Parabéns.
enquanto aguardamos, continuamos a viver essas «belas tempestades», no fluir natural das águas do rio. belo poema.
ResponderEliminaré sempre assim
ResponderEliminaras aves embalam as águas enlouquecidas
e o sol desnuda-nos
fora do alcance das mãos.
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beijo Eufrázio
Que o amor não se esgote,nunca!Nem a esperança. Aguardemos, então!
ResponderEliminarBelo poema !
ResponderEliminarOtimo domingo
Beijinhos
... um dia, desaguará. Para contentamento de todos os amantes do amor em liberdade plena.
ResponderEliminaré igualmente um prazer voltar a lê-lo, eufrázio. um grande beijinho.
ResponderEliminarNa foz das mãos há-de desaguar esse barco que atravessa a tempestade.Muito belo, o poema.
ResponderEliminarBeijos.
Muito obrigada por ter partilhado comigo aqueles momentos.
Um rio-vida que se fará mar "para a grande festa das águas".
ResponderEliminarMuito bonito!
Um beijo
Os rios têm os seus ritmos, às vezes desaguam devagar, levando barcos, gentes e sonhos com eles... que os rios desaguem sempre porque é esse o papel dos rios...
ResponderEliminarLindo, como sempre.
ResponderEliminarQue belo poema!! Beijos
ResponderEliminarFabuloso poema. Beijinho
ResponderEliminarEm mim desaguou, hoje, a ternura de um amor imenso ... talvez deslocado do seu leito - mas muito intenso...
ResponderEliminarBeijo inundado...
PS: a rima foi pura coincidência! :)
O rio sabe medir velocidade do seu flutuar.
ResponderEliminarCadinho RoCo
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ResponderEliminar...movimentos que nem sempre chegam aonde querem...
Bonito o seu poema!
Beijos de luz e o meu carinho...
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... e os rios desaguarão plenos. um dia. muitos os sabemos!
ResponderEliminargrande abraço, Poeta!
Olá lindissimo parabens
ResponderEliminarUma boa semana
Bjs
... quando o quotidiano nos trai... valha-nos a POESIA !!!
ResponderEliminar-Poema de sentimento, elevado!
ab. -EL
É um processo sem fim... felizmente!
ResponderEliminarAbraço.
Ainda hoje aguardamos.
ResponderEliminarAinda hoje o esperamos, pleno.
Uma ode à esperança.
Beijos
um rio aberto para o (a)mar
ResponderEliminarbelo
.
um beijo
Com os olhos marejados e a alma profundamente tocada por teus versos, aqui estou.
ResponderEliminarAcompanho-te emocionada.
Beijos.