Lá fora os céus liquefeitos
tombam abruptos
dividem-se nos telhados
estatelam-se nos teus olhos
Apócrifas aves quase divinas
em poses magestáticas
lançam arrufos de ternura
desfolham-se infinitas
em silêncios sibilinos
de asas ventos e remos
Lá fora os céus coados
fingem que são chuva
e eu debruço-me
a meio da ponte
só para ver a água deste rio
o chão dos barcos
"Lá fora os céus coados/fingem que são chuva/"______lindo.
ResponderEliminarMagnífico poema, metáforas líquidas... palavras que navegam no mar de poesia que és.
Beijo meu
Magnífico! Um espanto de metáfora.
ResponderEliminarPorque os barcos, os teus barcos, terão sempre os "pés" bem assentes.
Viva a poesia!
Um abraço
Uma foto lindíssima, com não menos belas palavras! Gostei imenso...beijos.
ResponderEliminar"lá fora" o poema cria formas fidedignas ou prolongamentos "de dentro"
ResponderEliminarde TI
.
um beijo
a necessidade de (RE)ler
ResponderEliminar.
um beijo
Eu nem vou dizer nada, quem sou eu para analisar tão belo poema? Gostei e muito!...A situação chuvosa que vivemos é bastante inspiradora!...
ResponderEliminarUm abraço,
Manuela
Uma chuva de metáforas, estrelas cintilantes num poema estrondoso. assim a tempestade implícita.
ResponderEliminarBj
lavrador de chão(s) maduro(s). e semeador de palavras belas...
ResponderEliminarabraço, Poeta.
Aqui dentro
ResponderEliminarrecebo "arrufos de ternura"
desfeitos
Aqui dentro
"debruço-me"
para te ver
reflectido
nas águas do rio
princesa
As pontes: por vezes tão frágeis!
ResponderEliminar... por temor ou qualquer outra razão que não estava interessado em explicar a quem lhe perguntasse, nunca confiara em pontes de tal natureza.
ResponderEliminarPreferia, de longe, ter os pés bem assentes no chão... dos barcos.
Ontem, encontrei-o em Cacilhas e brinquei «Então desta vez com os pés bem assentes no chão... do chão?» Retorquiu num fósforo «Então você não sabe daquela forma de dizer "que andamos todos no mesmo barco" tenha ele chão navegável ou chão de terra batida?»
Este homem desarma-me sempre com os seus repentes cheios de lógica popular. E ninguém o convida para a tripulação deste complicado navio. À beira-mar ancorado...
Deitamo-nos no chão dos barcos para ouvir o silêncio das águas...
ResponderEliminarUm belo poema, Amigo.
nesta tarde de outono, leio e releio vários grandes poemas deste blog que é um exemplo de serviço público...
ResponderEliminarPoeta com Dom nas palavras...
ResponderEliminarBeijos.
Este poema fez me correr as lagrimas...
ResponderEliminarum abraço
Flutuei neste chão...
ResponderEliminarBeijinho
A água, chão do poema, barco errante...
ResponderEliminarL.B.
Embarcamos nos sonhos,
ResponderEliminaratracamos na Vida,
pela mão de um(a) Amigo(a)!
Assim me sinto quando te leio.
Esta noite podemos dormir mais uma hora, com a mudança da hora;
pois aproveito essa hora a mais, para visitar os meus amigos da blogosfera, que ando em falha.
Beijinhos.
este chão dos barcos
ResponderEliminartão liquido da marés cheias.
debruço-me sobre este rio sobrevoado de aves e arrepios na pele.
______
daqui, da ria, um beijo Eufrázio
Tienes un blog precioso.. es un gusto pasar por tu espacio y disfrutarlo.. te sigo para poder visitarte con mas continuidad..
ResponderEliminarUn abrazo
Saludos fraternos..
Suerte en esta semana que inicia...
"Os céus coados fingem que são chuva" é uma das tuas mais belas imagens.
ResponderEliminarUma feliz semana.
um belo poema atravessado pelas águas onde fluem imagens poéticas.
ResponderEliminarDeitei-me no chão destas palavras e caíu-me a chuva no rosto.
ResponderEliminare nesse chão eu agradeço o imenso abraço!
ResponderEliminarsempre a admirar quem assim escreve.
beijoooooooooooooooo.
imf.
(grata)
Belíssimo poema
ResponderEliminarA fúria dos Elementos também favorece essa mistura tão querida dos apaixonados: hipersensibilidade e enlevo.
Belo.
Excelente expressão poética "o chão dos barcos"
ResponderEliminarApaixonante...o poema!
Beijo
Navegar com as palavras, com as imagens, com os sentidos e transformar essa leitura num prazer.
ResponderEliminar