terça-feira, 12 de maio de 2009

SOPRO DE VENTO



Tão longo é o caminho
que nos sustenta

a nudez da fala
que nos liga

Por vezes
basta uma brisa
na constelação dos azuis
para atear as águas

Na verdade
até onde chegam as marés
mesmo que se rasguem
as palavras
não há fronteiras

para um sopro de vento

38 comentários:

  1. Mas onde vem a preia-mar?No sopro do amanhã?
    Assim o espero.
    Bj.

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  2. belissimo, este sopro de vento...poderoso e leve ao mesmo tempo...muito bela a imagem.

    abraço

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  3. Belíssimo!
    Não tenho mais palavras...

    Um abraço

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  4. Sopros que refrescam o céu da alma quando a terra queima e o mar turbulenta.

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  5. "Caramba! Que bonito!"

    Foi a exclamação que me saiu ainda em linha com uma amiga no Skype.

    É o que sinto. Eu que de momento só sei escrever "sátiras" à laia vicentina.

    Obrigada pela paz desta pausa.

    Madalena

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  6. Parece estar fechada à brisa, a fronteira do teu campo de azuis, tal a placidez, tal o silêncio...

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  7. Que coisa boa de ler! :)

    E como eu gostaria de atingir a liberdade de "um sopro de vento".

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  8. ... "meu querido Amigo" !

    Lindo o teu poema...

    "não há fronteiras...para um sopro de vento..." - : - Não há fronteiras para a "pureza", lealdade, amizade e COERENCIA...na VIDA!

    Traduzindo à moda da minha aldeia: - não há fronteiras, "quando se tem vergonha na cara" - Ab. - EL

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  9. tão longo o caminho....tão breve o sopro.

    tão belo. aqui!!!!!


    b.e.i.j.o.

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  10. "Caminho longo"

    Caminho longe
    Irregular
    mas conducente
    mesmo em situação
    de ausente...
    ...longe...
    da brisa
    que alimenta
    "um sopro de vento"
    em cada coração

    princesa

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  11. Mesmo que rasguem os horizontes, as tuas palavras não têm fronteiras!
    Belo poema!

    Beijo

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  12. Mar Arável

    Não, não há fronteiras para um sopro de vento.
    E mesmo que se "rasguem as palavras" fica sempre um rastro de luz atrás de quem caminha em direcção ao infinito.


    Abraço

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  13. Lindo, verdadeiramente lindo!
    E muito bem ilustrado, sem dúvida.

    Bom fim de semana.

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  14. Belo poema..

    Basta uma pequena brisa
    para acordar a natureza.

    Bjos

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  15. não há fronteiras para as palavras!

    que bom ter vindo...
    um abraço
    luísa

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  16. Na leitura das suas palavras , seti a brisa que delas corre!
    :))

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  17. porque os sopros de vento quebram barreiras, derrubam fronteiras...
    bom fim de semana

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  18. "Tão longo o caminho q nos sustenta",lindo isso! Acho q esse foi um dos seus melhores.Para as marés no há fronteiras mesmo...

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  19. nem para as palavras, mesmo rasgadas, haverão fronteiras se, na verdade, sopradas pelo vento atearem brisas que vistam a fala e desnudem emoções

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  20. pois não Eufrázio.

    nem para esta beleza
    contida nas palavras
    rasgadas de marés

    ___
    um beijo

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  21. Um sopro de vento na caminhada é sempre um alento!

    Beijinhos

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  22. Eufrázio,

    ah! como é verdade... "por vezes basta uma brisa" mesmo!

    muito belo este poema.

    um abraço e um sorriso :)
    mariam

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  23. - Reparaste como hoje o azul do céu se confunde com o do mar?
    - Já notei, sim. Mas não balances demasiado a canoa que não me apetece molhar os pés.
    - Sempre o mesmo coração de pedra, homem! E da nudez da fala que nos liga? não te impressiona?
    - Estás a brincar comigo, pela certa. De tanga já eu ando com a carestia de vida que me atravessa o corpo...

    ... e assim foram dialogando até chegar à margem ajudados por um ligeiro sopro de vento. Sem fronteiras.

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  24. E tanto que eu gosto dessas constelações de azuis, e das brisas e da nudez da fala...

    Uma boa semana

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  25. Atear as águas até onde chegam as marés... Lindíssimo.
    Um abraço.

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  26. há uma maré de espanto no teu poema
    se acaso espanto é a palavra certa

    para a nudez rasgada em teus versos
    belos


    .
    um beijo

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  27. Eufrázio,

    De uma espontaniedade organizada ... escreve com corpo e alma... Lindo o poema !!

    Abraços

    Alana

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