foto de Eduardo Gageiro
Aparentemente livres
nas margens deste rio
insondáveis onde se cruzam brisas
e afagam retratos
recuperámos as nossas velas
transportámo-nos para o mar
No marulhar desta povoação
de sílabas quase perfeitas
desaguámos lentos
desenhámos garatujas
na coluna dos barcos
sem amarração
De tão quedas as águas
recortámos memórias
em pedaços de tremulina
sentámo-nos nas margens
a invocar a sede
a rasgar com um sopro
uma espécie de tempestade
Livres e insondáveis
perguntámos ao rio
se queria sentar-se à nossa mesa
e ele disse que sim
Aparentemente livres
nas margens deste rio
insondáveis onde se cruzam brisas
e afagam retratos
recuperámos as nossas velas
transportámo-nos para o mar
No marulhar desta povoação
de sílabas quase perfeitas
desaguámos lentos
desenhámos garatujas
na coluna dos barcos
sem amarração
De tão quedas as águas
recortámos memórias
em pedaços de tremulina
sentámo-nos nas margens
a invocar a sede
a rasgar com um sopro
uma espécie de tempestade
Livres e insondáveis
perguntámos ao rio
se queria sentar-se à nossa mesa
e ele disse que sim
Assim, como se fosse da família...
ResponderEliminar... é com certeza da roda de amigos...
Beijo
"abençoada" mesa".
ResponderEliminarabraço.
Lindo. Apenas isso, lindo.
ResponderEliminarTão intenso e belo, que me apetece ficar em silêncio, ouvindo o marulhar das palavras e do rio.
ResponderEliminara.d.o.r.e.i!!!!!!
ResponderEliminar______________obrigada!
CAMINHO.....
ResponderEliminarAndarilhos de si mesmos, viandantes do que contêm, incontinenti seguem. Lendo-se, reescrevem - morrendo, se vive. Quero ir por esses caminhos; não há outro meio de ser livre.
V.A.A.
A tempestade que neste momento
ResponderEliminarinvade o meu espaço e a minha alma
contrasta com a leveza
tranquilidade e beleza
que mais um dos seus poemas
nos inspira e convida
a sentir
de, por assim dizer.
"a brisa"
"desaguámos lentos"
"recortámos memórias" em "barcos sem amarração"..."em pedaços de tremulina".
Apetece-me perguntar:
Há lugar para mais um?
princesa
e
abraço.
ResponderEliminarrios espraiando-se na mesa do poeta.
muito belo
Belo !
ResponderEliminarQue mais dizer?
Bj.
fantastica foto fantastico texto
ResponderEliminarAdorei o blog
jokas
Paula
obrigada
ResponderEliminarjokas
Paula
não vejo a foto!
ResponderEliminaro poema é lindo!
meu Deus, esse recortar de memórias em pedaços de tremulina!
sentados junto ao rio que é rio de vós...
~~~~
mar arável, nós próprios não conseguimos avaliar em boa verdade... se merecemos!
eu p'lo menos...
obrigada p'las palavras
e, o prémio também é seu!
faz favor de o lá ir buscar.
bom fim-de-semana
um abraço outonal
um mimo
e um sorriso :)
mariam
OS rios são nossos irmãos.
ResponderEliminarSão da nossa própria natureza. Correm para o grande mar...
Cumprimentos
Como não dizer sim a estas palavras?!
ResponderEliminar...E disse muito bem!
ResponderEliminar...E está muito bem sentado!
abraço
...e assim se continua "aparentemente livres"...
ResponderEliminarBom domingo.
é complicado dizer que não quando a proposta é deste calibre...mais um belo poema.
ResponderEliminarum abraço e foi excelente o encontro em terras de Bandida.
um abraço do tamanho do seu talento.
Convidar o rio, é preciso! Ele faz por não nos decepcionar!
ResponderEliminarMuito bonito, o poema :):)
Uma mesa imensa, com lugar para muitos e muitas coisas.
ResponderEliminarFez-me lembrar um titulo fabuloso de um livro do Rui Marques “Uma mesa com lugar para todos”
Um abraço.
PS: Vi-te lá, na apresentação do livro da M.Q., quando decidi apresentar-me, tinhas desaparecido.
Será numa próxima, sem dúvida.
E como tu serves a poesia!...
ResponderEliminarAparentemente livres. Nas tuas silabas mais que perfeitas.
ResponderEliminarabraço
quando existe espaço para todos
ResponderEliminarPerfeitas: as plavras e a fotografia.
ResponderEliminarPosso fazer-vos companhia à mesa para estar com o rio?
Um abraço.
obrigada!
ResponderEliminar.
beijo.
e eu também me sento.
ResponderEliminarGenerosos são os rios
belo poema. parabéns
a fotografia é de mestre.
beijos
grandes