sábado, 3 de maio de 2008

ÁGUAS LENTAS








Neste rio correm memórias

por um fio



tão lentas as águas

que apenas soletro

os silêncios que ladram

nas margens deste barco



lentas mas breves estas águas

quebradas no olhar

nas arestas do vento

antes que ardam

os pássaros na folhagem



ou sacudam o corpo

para o mar

16 comentários:

  1. lentas sim


    mas imparáveis.


    como o pensamento


    ou os pássaros que não se deixam arder.

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  2. são lentas, sim, mas belas...
    correndo para o mar, na sua lentidão, mas correndo...

    excelente fotografia.

    Beijos

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  3. A tranquilidade da imagem da foto leva-me pelas imagens do poema, lentamente, saboreando-o devagar, antes que chegue ao mar.
    Muito belo, o conjunto.

    E obrigada pela visita lá por casa :))

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  4. aqui as palavras sempre nos elevam...

    Um abraço*

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  5. Lentas e breves, as águas. Como os caminhos do silêncio. Um abraço.

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  6. depois de alguns dias de ausência
    intensa mente vividos

    o regresso tarda

    mas volto

    devagar

    para vos respirar

    em pleno

    para vos guardar

    em todo


    tinha saudade
    de vós

    apesar dos outros rios
    igual mente

    belos


    .
    um beijo

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  7. Belíssimo sussurrar do silêncio

    lânguido, musicado.

    Um beijo

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  8. memórias a conta-gotas? devagar, devagarinho, meticulosamente pressionadas entre o indicador e o polegar, assim caem...

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  9. gosto muito das "arestas de vento" que "perturbam" o silêncio da paisagem. e o deslisar das memórias...

    excelente, Poeta!

    abraços

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  10. Poema belíssimo!
    Palavras que nos sacodem os sentimentos.
    Um beijo

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  11. Águas lentas... águas quietas, paradas antes e depois de qualquer tempestade... ou a tempestade imóvel.

    É um poema lindíssimo! :)

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  12. a lentidão das palavras que sempre chegam a algum lugar.


    as suas.



    beijo.

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  13. memórias de um tempo que a foto nos proporciona
    beijos

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  14. É. Quando os rios da Utopia param as águas perdem o fulgor.

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