terça-feira, 15 de abril de 2008

NO DESEJO DAS SEARAS






Com a manhã fresca de lábios

seguimos na erva

o rasto do orvalho


mas só quando soltámos

os enigmas

foram vergadas as metáforas


menos as mãos que as desenham

muito menos a coluna

que as suportam


Neste mar de colheitas

que nos corre pela sede fora

caminhamos


no desejo das searas



21 comentários:

  1. tardo.me em teu mar
    navego para além das searas

    e

    gosto de te ter por barqueiro



    .
    um beijo

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  2. Quando ceifaremos trigo maduro das nossas esperanças de Abril?
    Saudações.

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  3. com a devida vénia, subscrevo o comentário da senhora gabriela*

    apetece abraçar esta seara ;)

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  4. "mas só quando soltámos
    os enigmas
    foram vergadas as metáforas"

    Um imagem que nos remete para outros contextos de verticalidade,
    de palmilho em chão de trigo.

    Um abraço grato
    Mel

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  5. Tan bonito que o arrecendo do trigo chegábame como un enigma,que o tacto da palla veu de sorpresa.........
    beijo

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  6. As searas lembram o verão, as papoilas, a sede em que apetece "a manhã freca de lábios".
    Um abraço

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  7. searas, trigo, milho, cevada, cereais, colheitas, pão
    trabalho, fome
    beijinhos

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  8. soltar enigmas...

    e desejo de searas.

    excelente pretexto de poema.

    abraçso

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  9. Caminhos férteis de trigo que acalme as fomes. Bem precisamos.

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  10. o teu vento.

    o teu mar. a tua colheita.



    .


    gostei tanto....




    .



    bjj.

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  11. Mais uma vez de visita a este seu mar feito de searas e refrescado pelo orvalho.
    Fez-me bem.
    Bom fim de semana

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  12. Um excelente poema - em ritmo, poética e imagens.

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  13. caminhamos
    no desejo ....

    De facto, Abril rima com este poema...

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  14. Tem tudo dito. Ainda há espaço para sonhar.

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  15. É Abril a cheirar a Maio nas searas...

    Um abraço*

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