lmgde artmam.com
O sol - num amplo estuário de fulvas e bífidas línguas
afagava terno e doce a pele das alcalinas águas -
a fausta piscina.
No cristalino manto,a minúscula ondulação emprestava às águas uma tremulina quase natural,
cúmplice dos azulejos que a barravam de um azul
aparentemente celeste.
Em redor do magnífico espaço - vegetação tropical,
alguns pássaros assustados e muitos turistas.
Do palco engalanado,sublinhadas as cores quentes
dava início à salsa um grupo tradicional de bailarinas
semi-nuas - que irromperam - mulatas,esculturais
afrodisíacas - água adentro,até se diluirem nos olhos
gulosos da assistencia.
Voámos.
Na verdade - aos pássaros do caribe,só lhes falta
falar.
O s mais gordos e polícromos são os que frequentam
o restaurante Alcobacara,os ares puros do oceano
e dos cohibas,onde o pão das mesas,esfarelado -
é para repartir.
Estávamos neste céu quando fomos surpreendidos
por um casal que poisou - um no meu prato,
o outro no meu ombro.
Sempre ao ritmo da salsa,entendi por bem colaborar.
Desisti dos talheres e só reiniciei o repasto quando
o do prato pestanejando os olhos se refastelou.
As bailarinas continuavam a fazer milagres,
sublimes garatujas corporais - enquanto agradecido
fiquei ao pássaro,que pipilando,esfregava as patinhas
encardidas e larava às riscas,no meu ombro.
Delicadamente perguntei ao empregado,
que orgulhoso assistia ao tratamento.
- Será que me resolveu o problema da tendinite?
- A saúde pública é o rosto da nossa revolução.
O sol brilhava.Encantádos assim ficámos
a sorrir, nos olhos dos pássaros.
O sol - num amplo estuário de fulvas e bífidas línguas
afagava terno e doce a pele das alcalinas águas -
a fausta piscina.
No cristalino manto,a minúscula ondulação emprestava às águas uma tremulina quase natural,
cúmplice dos azulejos que a barravam de um azul
aparentemente celeste.
Em redor do magnífico espaço - vegetação tropical,
alguns pássaros assustados e muitos turistas.
Do palco engalanado,sublinhadas as cores quentes
dava início à salsa um grupo tradicional de bailarinas
semi-nuas - que irromperam - mulatas,esculturais
afrodisíacas - água adentro,até se diluirem nos olhos
gulosos da assistencia.
Voámos.
Na verdade - aos pássaros do caribe,só lhes falta
falar.
O s mais gordos e polícromos são os que frequentam
o restaurante Alcobacara,os ares puros do oceano
e dos cohibas,onde o pão das mesas,esfarelado -
é para repartir.
Estávamos neste céu quando fomos surpreendidos
por um casal que poisou - um no meu prato,
o outro no meu ombro.
Sempre ao ritmo da salsa,entendi por bem colaborar.
Desisti dos talheres e só reiniciei o repasto quando
o do prato pestanejando os olhos se refastelou.
As bailarinas continuavam a fazer milagres,
sublimes garatujas corporais - enquanto agradecido
fiquei ao pássaro,que pipilando,esfregava as patinhas
encardidas e larava às riscas,no meu ombro.
Delicadamente perguntei ao empregado,
que orgulhoso assistia ao tratamento.
- Será que me resolveu o problema da tendinite?
- A saúde pública é o rosto da nossa revolução.
O sol brilhava.Encantádos assim ficámos
a sorrir, nos olhos dos pássaros.
ora, nem mais! para tanto se fez a Revolução. também...
ResponderEliminarabraços
os olhos dos pássaros são generosos?
ResponderEliminarpergunto.
abraço. Mar.
É de ficar a sorrir nos olhos dos pássaros...
ResponderEliminarUm abraço.
Que saudades dos coloridos e atrevidos pássaros caribenhos nossos alegres companheiros de refeição... E dos melros que connosco partilham a mesa e o cubo de açucar que não coloco no café nos agradáveis quiósques do Jardin des Tulleries... E das rolas em Lanzarote...
ResponderEliminarO voo do pássaro que nos habita.
ResponderEliminarPoética esta viagem idílica por CUba
ResponderEliminarÉ de voar nas tuas palavras...
ResponderEliminarPaíses há onde os pássaros nos pousam nos ombros. Longe de outros onde lhes cortam as asas para que não voem.
ResponderEliminarExistem momentos interessantes na vida. Ou voamos, ou servimos de pouso.
ResponderEliminarCadinho RoCo
muito bonito
ResponderEliminarvenha participar no cantinho www.luso-poemas.net
vai adorar
não há outra forma de se ficar nos olhos dos pássaros.
ResponderEliminarno mais purO encantamento.
neste registo poético
da tua irónica beleza. :)
.beijO
Céu, mar e pássaros... a liberdade de voar em azul sobrevoando azul...
ResponderEliminarGanhei asas e voei . também me encantei com a tua história, não fosse eu uma amante de pássaros.
ResponderEliminarUm beijo, bom fim-de-semana
" A sa�de p�blica � o rosto da nossa revolu�o"., principalmente a saude mental
ResponderEliminarBoa imagem
sauda�es amigas
Sim... é possível 'sorrir nos olhos dos pássaros'.
ResponderEliminarSensibilizada pelo olhar poisado em 'fragmentos'!
guardador de pássaros
ResponderEliminare
que mais?
.
ao mar
.
em tom
de
confidência
.
alguém falou de revolução?
onde?
quando?
como?
.
bem me parecia que tinha sonhado com dinossauros voadores
.
.
.
um beijo
voar, voar, voar
ResponderEliminarnas asas deste pássaro...
beijos
Pois, as memórias...
ResponderEliminarO rosto de quê?
A revolução foi em muitas frentes, em tantas que ninguém imagina.
E não parece, no estado em que se vêem as coisas.
Abrç
gostei da tua salsa
ResponderEliminartão movida
tão alternada
a verdadeira salsa
para quem a sabe dançar
salsamos?!
:o)
ResponderEliminarO sol brilhava.Encantádos assim ficámos
ResponderEliminara sorrir
assim, de facto, permaneci ao ler o poema...
Sublime.
ResponderEliminarPássaros...que nova trouxeram? que nova?
Oh, apenas imaginação...
Um colorido terno de moviento, cor e doçura e... um salpico de esperança.
Beijo.