harem
Foi em Bruxelas,uma encruzilhada de auto-estradas sem portagens
centro político de uma europa unida nos bastidores e capital cinzenta
de um país com as mesmas depressões,que abrigado da brisa gelada
e da chuva permanente,no histórico café Roy d'Espanhe.bebericando
uma cerveja Vieux Temps aloirada,fumava eu um cigarro e olhava
pela generosa vidraça,quando de súbito me surpreendi.
Não sei bem explicar o prazer que tenho quando olho como uma
grande ocular e me deixo surpreender para só então me fixar
nos pormenores.
É como viajar antes de partir e só depois concluir que valeu mais
a viagem do sonho e a partida que a chegada ao destino.
Tal e qual.Fui uma vez mais surpreendido.A Grand Place estava
a crepitar.
Era evidente a esplendorosa cabeleira de lume que bailava
em madeixas ao ritmo do jaze na aparelhagem do café.
Incrível a Grand Place a arder,perto da Bolsa de Valores e as pessoas
na rua,indiferentes - a tinir de frio.
Até me pareceu que o Tratado de Lisboa estava a ser imulado.
Mais concentrado verifiquei ser tão só o reflexo da lareira
que me aquecia as costas,a projetar-se inocente na vidraça.
Afaguei a barba.Pedi mais uma cerveja e sorri.
Foi em Bruxelas,uma encruzilhada de auto-estradas sem portagens
centro político de uma europa unida nos bastidores e capital cinzenta
de um país com as mesmas depressões,que abrigado da brisa gelada
e da chuva permanente,no histórico café Roy d'Espanhe.bebericando
uma cerveja Vieux Temps aloirada,fumava eu um cigarro e olhava
pela generosa vidraça,quando de súbito me surpreendi.
Não sei bem explicar o prazer que tenho quando olho como uma
grande ocular e me deixo surpreender para só então me fixar
nos pormenores.
É como viajar antes de partir e só depois concluir que valeu mais
a viagem do sonho e a partida que a chegada ao destino.
Tal e qual.Fui uma vez mais surpreendido.A Grand Place estava
a crepitar.
Era evidente a esplendorosa cabeleira de lume que bailava
em madeixas ao ritmo do jaze na aparelhagem do café.
Incrível a Grand Place a arder,perto da Bolsa de Valores e as pessoas
na rua,indiferentes - a tinir de frio.
Até me pareceu que o Tratado de Lisboa estava a ser imulado.
Mais concentrado verifiquei ser tão só o reflexo da lareira
que me aquecia as costas,a projetar-se inocente na vidraça.
Afaguei a barba.Pedi mais uma cerveja e sorri.
8 comentários:
Pois, a ilusão também pode ser óptica...AH!AH!
Bom 2008!
De mestre escrever assim - O Tratado de Lisboa.
Abraço.
Quando olhar viaja.. descobre, inventa. Não que seja enganador, mas disponível para a partida, sendo que pouco importa a chegada.
:) sorrio das encruzilhadas... corpos de Ingres, autoestradas de Bruxelas, loucas labaredas.
Bom ano!
Ali perto, o Manneken Pis, o puto que já tem muitos anos, vai eliminando (mijando) para cima dos eurocratas e tratadistas que passam,a "Delirium Tremens" bebida na véspera. É assim há muito tempo.
Lembraste-me, bem lembrado, coisas, momentos, passagens da vida.
Trocava a (ou o) Vieux Temps por uma Leffe Brune ou uma Mort Subite, e ia ver o Manneken Pisse pissar. Sobre o tal Tratado...
E ia, também, ao Falstaft. E. E. E.
Melhor que isso tudo, que bom é, é um passeio por África. Sem ares condicionados, (só) alguns mosquitos, r um outro "tempo" para viver.
Um abraço
De seguro que esos momentos de abstracción son os que fan que escribas así de ben,o calor e os reflexos das lareiras fan ver todo cunha óptica máis bonita ca realidade.
beijo e bom 2008.
:) sor RI...
Pena que os sonhos... sejam apenas sonhos.
Bj.
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