quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

INSECTOS

abstractarnation




Distraídos

ageis

azuis

voam silencios de crisálida

no magro pomar

rente à folhagem



Ao fim da tarde

poisam

no meu ombro preferido

deixam mensagens

breves incendios de palavras



Pelo rumor

pressinto-lhes a respiração



Viajam

o desejo do pólen
marulham
os insectos


13 comentários:

  1. Nem imaginas o perto.
    Não, infelizmente o musgo ...
    Vamos falando assim, no encharcar dos dias feios que nos dão a beber.
    Abçs

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  2. Obrigada.
    No meio de toda esta liquidez cinzenta que me tem mantido submersa, soube bem este laivo de primavera.

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  3. O desejo do pólen ao fim da tarde.
    Silêncios de crisálida rente à folhagem. As abelhas: o desejo do mel.
    Um abraço

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  4. Os insectos são fundamentais - a pequenez da vida deles está directamente ligada com a enormidade da nossa vida - não poderíamos passar sem eles... mesmo quando nos chateiam. Não os chatearemos nós mais a eles que eles a nós?

    Um abraço!!!

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  5. É admirável o mundo das abelhas. Que pena não serem republicanas e precisarem de uma rainha...

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  6. Desejo a inundar o silêncio. Rumores de fim de tarde.
    Bonito.

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  7. não predadores?


    não.


    esvoaçantes.



    a respirarem.

    a possível beleza dos dias.


    ______________


    bom dia. Mar.

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  8. e ao cair da noite
    fecham-se
    acalmam suas asas
    descansam as mil e uma batidas
    inspiram noite fora
    para recomeçar
    com o nascer de um novo dia

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  9. é bom ter ombro onde os insectos poisam! e pressentir-lhes os presságios...

    belo poema. como sempre.

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  10. Marulham nas ondas de grãos plenos e dormem no azul da noite.
    Bj.

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