sexta-feira, 2 de novembro de 2007

FALAR NO SILENCIO

foto de gamini kumara








O céu quase sem altura



poisa no chão



a brandir asas e refulgências





a terra abre-se sedenta



em papoilas de água



para os lábios





o mar puríssimo



ergue-se em partículas



de alaúdes e violinos





São os primeiros acordes



nas bocas rasgadas



e agora?





que vai ser de nós minha pedra preferida



se não aprendermos a falar



nos mesmos silencios


20 comentários:

  1. que bonito... nem o silêncio das pedras diz tanto...

    (e a foto traz à pedra o calor do magma)

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  2. o céu como limite no mar....
    ... e o silêncio aqui.
    belíssimo.

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  3. Silêncio: palavra calada; palavra demasiado ruidosa.
    Um abraço.

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  4. O céu que poisa no chão...A terra sedenta...e, o Mar, sempre o Mar...
    E agora?
    Os silêncios!

    Mais uma vez lindíssimo. Gosto de dizer a sua poesia alto, para mim. Adorei o que ouvi.

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  5. poema percorrido por imagens mto belas.

    excelente. abraços

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  6. S�o precisas palavras?
    esses sil�ncios decifram-se
    s� com o olhar . s�o com rios
    que sabem que o seu destino � o mar

    (m)ar
    (a)mar

    Beijos com cheirinho a maresia

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  7. E o silêncio entrega-se aos lábios que a própria fonte esculpe...o sitio das palavras cumpridas.
    Um beijo

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  8. quando não se fala no silêncio a vida é pobre... de afectos... de emoções...
    mas pode aprender-se a falar nele... com as ma~so, o olhar, a pele...

    abraço
    luísa

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  9. Falar nos mesmos silêncios é a cumplicidade perfeita... só acredito naquilo que se diz em silêncio... porque o sentido da intuição é o único e verdadeiro sentido!!!

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  10. sou esta que desconcerta

    e desacerta

    e se mente e se escorrega

    e se mais não descobre

    senão asas de pedra

    saliva molhada

    e algumas trevas



    .



    .e talvez e também o silêncio...


    beijO

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  11. e agora?

    agora
    ,sigo a redundância e descubo o teu silêncio

    .

    cúmplice

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  12. e o teu blogue assim à beira-blogosfera parado... o silêncio também...

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  13. Agradeço as simpáticas palavras que deixou no meu cantinho. Também estou a gostar do que aqui leio. Voltarei com mais tempo.

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  14. Cando o que fala é o silencio mesmo as palabras non ditas son as máis certas.
    beijo silencioso.

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  15. o mar puríssimo



    ergue-se em partículas



    de alaúdes e violinos

    as palavras certas abraçadas pela imagem sensual e enigmática...

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  16. pois é querido amigo virtual...


    nem cravos nem ficções. Lá é tudo mt íntimo e no entanto escasso. como saberá.


    um dia talvez por lá passe o cravo...o que duvido.


    excelente dia.

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