Deixámos crescer o mar para lhe beber os rebentos
a fímbria que dança em redor dos olhos
entrámos as portas do efémero
habitantes desajeitados e natureza
tão infinitos que nos demorámos um no outro espantados
a conspirar contra o poder das aves
Deixámos crescer o mar para lhe colher a primitiva chama
a voz cúmplice da inocência a escada do celeiro
entrámos inumeráveis no olhar lúcido
das grandes sementeiras
tão navegáveis que nos removemos em musicas de maio
a rasgar caminhos
bosques e multidões
5 comentários:
o mar, o alentejo, a luta!
fatalmente... o amor!
Gosto de rasgar caminhos. De chegar, de olhar para trás. De conseguir. E de começar de novo.
Belos poemas, este e os mais abaixo. Belas fotografias também.
Aqui voltarei.
Eufrázio, que boa surpresa este reencontro. Mais do que provavelmente já não te lembras de mim, mas deixo algumas dicas da(s) minha(s) vida(s): Aveiro (nos anos 70), O Diário, depois o Se7e e O Jornal... Muitas vidas, as nossas vidas!
Gosto muito do blogue. Também tenho um mais-saite-que-blogue em construção, havemos de nos ver por aí!
Grande abraço.
Deixámos crescer o mar
deixemos as palavras deste poeta voar...onde chegará? estarei para aplaudir.
Enviar um comentário