Nas margens do rio
onde habito
respiram pautas desertos
retratos íntimos de flores
a preto e branco
repousam mãos famintas
Nas margens deste rio
quando a noite amanhecida
não dorme
ouvem-se pêndulos vagares
cadenciados
agitam-se os dedos
o tempo ousado dos poetas
que não eu
artesão de metáforas
No fulgor das águas
desprendo-me
a profanar metáforas
para ver mais claro
o teu corpo antigo baloiçar
nas paredes da casa
Eufrázio Filipe
"Chão de claridades"
Tenho o teu chão
ResponderEliminarsempre à mão
(pág. 241)
Belo poema, senhor "artesão de metáforas".
ResponderEliminarAbraço.
Pura e doce fantasia.
ResponderEliminar.
Hoje
Margens de sedução de branca espuma
.
Deixando um abraço humilde e poético.
Bom dia. Domingo feliz
.
"Ouvem-se pêndulo vagares
ResponderEliminarcadenciados
agitam-se os dedos"
e
"desprendo-me"!
vagueando em ritmos outros,
free...
Abraço, Poeta.
Artesão de metáforas, participante muito activo nas coisas da vida...
ResponderEliminarMuito bem, Eufrázio!
Abraço
Artesão de belas metáforas.
ResponderEliminarBom domingo. Bj
Adorei ler =)
ResponderEliminarBeijo e uma noite feliz.
antigo é o baloiçar, o rio e as paredes da casa
ResponderEliminarum abraço
É que os poetas são mesmo artesãos de metáforas... Elas é que, tontas, por vezes, vão ter a mãos que não as sabe agarrar...
ResponderEliminarBeijinho.
As lembranças oblíquas que nos dão o presente
ResponderEliminar"No fulgor das águas
ResponderEliminardesprendo-me
a profanar metáforas
para ver mais claro
o teu corpo antigo baloiçar
nas paredes da casa"
Magnífico, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.
Artesão,
ResponderEliminarObrigada pela visita que proporcionaste ao meu próprio rio.
Porque as metáforas têm esse poder, de nos transportar para as nossas referências.
Visitei o teu, e o meu, rio, as tuas e as minhas histórias.
:)
São margens que reconhecem tanto.
ResponderEliminarE que belas metáforas...
ResponderEliminarAdorei ler..
Beijo de...
Saudade
ResponderEliminarÉ bem o retrato deste nosso amigo.
Por aqui, embarcamos nas metáforas
e assim analisamos o mundo à lupa.
Abraço, Mar.
Abraço
Olinda
que nunca as metáforas sejam profanadas
ResponderEliminare que as paredes da casa, sejam memórias de poesia
bom fim de semana.
beijinhos
:)
que os rios encham, sem transbordar
ResponderEliminare as águas sejam límpidas, a saciar.
o chão agradece.
abraço