sábado, 21 de setembro de 2013

GUARDA-RIOS






Livres
na placidez exuberante
livres
nas margens de tudo
sequestrados no paraíso
por relâmpagos
que nunca mais chegam
agitam inocentes
águas doces
em busca de uma luz
na sombra das pontes

quedam-se nos apeadeiros do rio
sussurram aladas
lágrimas correntes
num choro compulsivo

Nas margens de tudo
há um barco
que rema
os seus olhos

 

17 comentários:


  1. Ficamos presos nessas margens, admirando a imagética deste poema sugerida por palavras que nos levam numa viagem para lá do concebível.

    Guarda-rios! Belo!

    Abraço

    Olinda

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  2. Nas margens de tudo, também aí podia, ficar em paz, a felicidade.

    Abraço,

    mário

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  3. Fiquei presa aqui:

    "Nas margens de tudo
    há um barco
    que rema
    os seus olhos"

    Belíssimo!

    Beijo

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  4. Na margem de um rio qualquer se pode encontrar,nada ou sonhos e encantos por descobrir.
    Bom Domingo e beijinho

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  5. Livres, sempre construindo margens atravês dos nossos sonhos. Gosto dessa margem.

    bjs

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  6. "Nas margens de tudo

    Há um barco

    Que rema

    Os seus olhos"

    Um olhar especial

    circulando

    atentamente o mundo...

    O olhar do poeta que

    transcendem as imagens...

    Muito, muito belo!!

    Bj.

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  7. Muita coisa se passa diante do olhar estático...

    Belo!

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  8. Quando se está sequestrado no paraíso a liberdade não margens.
    Abraço

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  9. Imagens que chegam ao olhar trazidas por sua sensibilidade... Poesia que nos enternece a alma e encanta o coração!
    A sua poesia tem o dom de nos conduzir por caminhos de sonhos onde, talvez, os nossos próprios sonhos não tenham ousado nos levar...
    Gostei do seu espaço, com certeza vou voltar.
    Deixo um beijo e um sorriso no seu coração e muitas alegrias no seu domingo.

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  10. Bons versos te vejam.
    Um abraço - não sei se do rio ou do apeadeiro, da margem apenas para o descanso

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  11. E meus olhos navegam
    na margem dos sonhos
    livres
    límpidos.

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  12. Lindo poema, gostei dessa paisagem dos rios. Um abraço, Yayá.

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  13. Poeta, velejamos os seus sonhos, singramos as imagens, compartilhamos a poesia. Obrigada. Abraços.

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  14. Lindo poema! Presos numa luz que não brilha e em barco que não navega. Bj Ailime

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  15. Há vidas assim: guardadas entre margens!
    Mais um magnífico Poema!!!

    Abraço e boa semana!

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