A letargia dos barcos
surpreende todos os silêncios
neste cais
onde nada é inútil
mas tudo é tão frágil
e nada mais acontece
Neste cais os pássaros
em desassossego
banham-se à sombra dos mastros
espantam-se de tanto se olharem
na concha das nossas mãos
e nada mais acontece
até o cais ser um cristal
mais forte que o seu brilho
golpe de asas e seara
contra todos os destinos
Nesse dia seremos
no espelho da água
mais livres que os pássaros
Sim, mais livres que os pássaros, porque em todos os homens há uma liberdade interior, que nenhum cárcere pode aprisionar...
ResponderEliminarBeijos
"E nada mais acontece"
ResponderEliminarCaro Eufrázio. Desculpa mexer no teu belo poema. Mas esta parte que copiei remete-me para um "hino" que a determinada altura diz: "Quem sabe faz a hora não espera acontecer". Não vejo jeito?
Abraço
Rodrigo
Há-de acontecer.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Será essa a liberdade precisa? O espelho da água, como todos os espelhos, rouba sempre um tanto da liberdade.
ResponderEliminarFico a aguardar esse dia!
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Me diz
ResponderEliminarQuando vai chegar esse dia
de inteira liberdade?
Será que somos assim tão livres?
Não somos...começamos por ser prisioneiros de nós próprios,
dos anseios, das lutas, das conquistas e das inúmeras derrotas.
Gostei de o encontrar,
Abraço, Mª. luísa
Oxalá esse dia chegue em breve!
ResponderEliminarAbraço
Bonito o poema e a escultura da foto é igualmente bela.
ResponderEliminarA liberdade é um desejo que está
ResponderEliminardentro de cada ser humano e
quando ela escasseia há uma
rebeldia que ninguém para.
Bj.
Irene Alves
Gosto da cadência serena (dada pela anáfora) a ocultar tempestades.
ResponderEliminarL.B.
E esse será o dia em que a (tua) poesia há-de levar os barcos para o mar.
ResponderEliminarMais um grande poema.
Abraco Poeta
" O teu nome sou eu quando me debruço por cima do teu ombro" diz Pedro Paixão.
ResponderEliminarA imagem é um poema mudo a gritar ternura, digo eu.
E lindo o gesto das mãos sobrepostas, e é tanto as mãos.
O teu poema:
“golpe de asas e seara contra todos os destinos”.
as tuas publicações são sempre fabulosas, Mar.
Os ventos serenos também podem inquietar.
ResponderEliminarGostei do poema e da escultura.
Beijo.
...e quando mais nada acontece, resta-nos esperar que esse dia chegue!
ResponderEliminarGostei muito!
Sónia
poesia que brilha no escuro é esse o caso.
ResponderEliminarlindo de ver.
Quando nada acontece traz-nos a paz do silêncio nesse cais de emoções.
ResponderEliminarBonito!!
Beijinhos
Um hino à liberdade e à beleza que ela transmite!
ResponderEliminarNesse dia seremos, poeta,
ResponderEliminaro que disseste
que iríamos ser
Hoje, nada mais irá acontecer
Amanhã? Vamos ver
Difícil comentar este hino.
ResponderEliminarHá uma liberdade, tão em ânsias de asas, a banhar-se num cais que um dia (ainda) será cristal... porque nada mais acontece (por acaso).
Mais livres do que os pássaros na gaiola?!
ResponderEliminarUm abraço preso ao cais
PATA NEGRA
ResponderEliminarMais livres que os pássaros soltos
o voo da liberdade.
ResponderEliminar... e que tudo de bom aconteça. :)
ResponderEliminarUm bonito poema. Bom fim-de-semana.
a liberdade feita poema.
ResponderEliminarmuito belo.
beij
Afinal neste cais tudo acontece...
ResponderEliminaracontece arte, arte de escrever, palavras que falam de silêncios que ganharão asas e que um dia nos levarão para o reino dos nossos ideais de liberdade.
Abraço
Olinda
cristalino de cristal o cais
ResponderEliminarporque
barco e pássaro são quilha
um abraço
E enquanto o cais não for um cristal, vai acontecendo poesia - que pode ser tudo, em alguns momentos!
ResponderEliminarAguardemos...
ResponderEliminarbeijinho, poeta
O cais é sempre uma metáfora poderosa: a vida, afinal, é feita de chegadas e partidas.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
...tão plena essa liberdade, pois que sejamos como os pássaros [e seria tão bom].
ResponderEliminarbeijos
cvb
Sempre aspirámos a ser pelo menos tão livres como os pássaros!
ResponderEliminarMas só pela poesia nos libertamos!
Forte abraço.
Desejos de liberdade.
ResponderEliminarabs
Que a poesia-assim sublime-do Mundo acenda esse voo sem amarras para a liberdade. Mas o deserto é enorme...
ResponderEliminarExcelente, Poeta.
abraço,
Véu de Maya
"golpe de asas e seara
ResponderEliminarcontra todos os destinos...
em rasgo de águia sobre os picos da montanha.
abraço, meu caro Poeta.
deixa.me roubar.te esta imagem tão linda, Mar!
ResponderEliminarbeijo
sim, quando formos capazes de quebrar amarras...
ResponderEliminarAdorei porque á liberdade é tudo!
ResponderEliminarBeijos.