Lá fora as árvores tirintam
no coração dos pássaros
Tudo parece gelo
até o ladrar dos cães
mas quando afagamos uma pedra
abrimos a porta
o sol entra pé ante pé
e nós cantamos
baixinho
para não acordar o silêncio
nas paredes da casa
Andarilhos pela vida inteira
percorremos rotas indecifráveis
traços de luz
neste chão
que nos faz andar
e atear fogueiras
Andarilhos somos
ResponderEliminartantos
e andarilhos seremos
até ao fim.
Beijos.
Belíssimo! :)
ResponderEliminarapesar de andarilhos, que o sol toque corações...
ResponderEliminarGostei muito
abraço
cvb
Nais tukê,
ResponderEliminarbj
De andarilhos a ateadores de fogueiras. Não fosse estragar o que de tão belo escreveu, diria que dá jeito em noites destas.
ResponderEliminar(desde o tempo em que anotávamos a nossa história nas paredes das cavernas e fazíamos o fogo, friccionando o sílex)
ResponderEliminarBeijo!
Um misto de guerra e paz. Como um coração de asa ferida...
ResponderEliminarUm beijo
Somos mesmo andarilhos...
ResponderEliminare, pelos vistos... piegas ;)
Bjos
Eufrázio, andarilhos seremos, com a certeza de que, na guerra e na paz, se sublimam os homens de boa vontade.
ResponderEliminarA sua poesia é belíssima, bem sabe. E eu não tenho como dizer-lhe do quanto de belo leio neste poema.
Bem-haja
Abraço saudoso e amigo
Mel
Andarilhos, talvez só até encontrarmos o que procuramos.
ResponderEliminarÀs vezes encontra-se.
E encontramos a paz.
Um abraço
Um sentimento sofrido fala deste andarilho.
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Vida: imprecisos passos
ResponderEliminarmas necessário caminhar
e usufruir
o calor das fogueiras
Abraço, Mar!
Deixemos o silêncio dormir...
ResponderEliminarBj
Atear fogueiras de sentires com acendalhas de esperança... é disso que precisamos...
ResponderEliminarGosto desta esperança do caminhar... enquanto nos é permitido!
ResponderEliminarMuito bonita esta forma de nos aquecer por dentro.
ResponderEliminarBj.
Andarilhos sim! Ninguém nos há-de parar.
ResponderEliminarComo sempre poeta adoro ler as entrelinhas das palavras.
ResponderEliminarBeijinho
Sonhadora
Andarilhemos, então!
ResponderEliminarAbraço
Se ao afagar uma pedra se abrisse uma porta ...
ResponderEliminarjuro que o faria.
Beijo Eufrázio.
lindo
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Evoca um "andarilhar" generativo, que é de valorizar. Resistamos, então, às agruras destas estradas.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Andarilhos sempre em busca de alguma coisa.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Muito bom.
ResponderEliminarAbraço
"quando afagamos uma pedra
ResponderEliminarabrimos a porta
o sol entra pé ante pé
e nós cantamos
baixinho
para não acordar o silêncio
nas paredes da casa"
Gostei muito.
:)
Quasquer que sejam as estradas, o nosso destino é andarilhar!
ResponderEliminarOntem foi mais um dia de andarilhos a abrir rotas futuras!
É sempre de uma excelente qualidade
ResponderEliminara poesia aqui inserida.Outra coisa
não seria de esperar.
Bj./Irene
uma pedra da sorte
ResponderEliminarporque afagada
as fogueiras do seu poema trocam o coração dos pássaros-árvore
e caminhamos
um abraço
manuela
Caríssimo Eufrázio,
ResponderEliminarse soubesses das vezes que li este poema, sempre com redobrado espanto e enlevo não acreditarias. Tal como a Mel de Carvalho acho indizível o transmitir quanto de belo encontro nestes versos.
E acredito sim que se abrem portas quando se afagam pedras...
Que a luz nunca nos abandone no atear das fogueiras.
Beijinhos
Para lá dos segundos sentidos, um poema que nos toca.
ResponderEliminarMuitos parabens e ateemos então as fogueiras
E "El camino se hace al andar".
ResponderEliminarGostei particularmente da impressão telúrica que fica do "afagar da pedra".
Um abraço.
Andarilhos de muitos mundos, eis-nos!
ResponderEliminarMar, emprestas-me este poema para o "vento", sim?!
ResponderEliminaraté já.