Oleo de Vladimir Valegov
Quando nos mastros mais altos
das escarpas
as bandeiras em desassossego
caminhavam sibililinas
por uma nesga de sol
tu eras um rio
contra a vontade das águas
a desaguar
margens
pássaros
barcos
sedimentos
à procura de uma nova expressão
para todos os azuis
Ainda hoje não te descobri
mas estou a ver-te aqui dos mastros
tão infinita
sentada no cais
Um dia vou encontrar-te
antiga
olhos hasteados
a construir o fim da tarde
Meu caro Poeta;
ResponderEliminarMais um excelente poema.
Parabéns.
Forte abraço.
Podia ser o meu poema do dia, que foi passado no cabo Espichel...
ResponderEliminar:))
Beijos de mar
...em coro: BELO!
ResponderEliminarUm belo poema, um belo mar, um magnifico fim de tarde.
ResponderEliminarA pintura, de singular beleza.
Um abraço
oa.s
"Um dia vou encontrar-te
ResponderEliminarantiga
olhos hasteados
a construir o fim da tarde"
que imagem fantástica me fizeste ver... a hora do ocaso sinalizando novos começos (ainda que para muitos, sejam finais), amplos em possibilidades!
Que poema imenso, senti-me barco a singrar mares! Ainda que haja o estático do cais.
Ao fim da tarde, quando a luz tende a reacender memórias, por vezes elas vêm ao nosso encontro...
ResponderEliminarBelo, como sempre!
Abraço
Em algum poema, texto meu,
ResponderEliminarescrevi:
"...venha ao meu encontro quando estiver envelhecendo..."
...
Afetuoso abraço daqui!
Marlene
Que a "procura de uma nova expressão" nos alente, em tempos em que as "velhas expressões" estão gastas.
ResponderEliminarUma bela combinação de palavras e imagens.
Eufrázio, a reconstrução dos poentes é dos momentos mais belos na linha das marés. Haja a capacidade de hastear os olhos, além da dor, na linha luminosa de um fim de tarde.
ResponderEliminarUm enorme bem haja, um abraço
Mel
A construir os nossos dias com poesia...
ResponderEliminarÉ nossa sina caminharmos contra o vento...
ResponderEliminarQue beleza!
ResponderEliminarSuave e embalador.
Procurar todos os tons de azul: que imagem tão bela!
ResponderEliminarBeijos,
Que belo poema fim de tarde- Quase lusco-fusco.
ResponderEliminarA tarde - e a mulher - num hausto!
ResponderEliminarHasteada e livre.
ResponderEliminarAbraço
Um dia a vais encontrar
ResponderEliminarno reflexo do luar
te chamando
e ondeando as águas...
Lindo poema, doce e timido.
Maria Luísa
Que dizer, Mar Arável?
ResponderEliminarHá sempre "uma expressão" que fica perdida, talvez no horizonte daquele mar de Vladimir Valegov.
Belo! :)
A procura da serenidade? Muito belo!
ResponderEliminarNo final da tarde, tudo pode acontecer...como aconteceu a inspiração para um sublime poema:)
ResponderEliminar«Ainda hoje não te descobri
mas estou a ver-te aqui dos mastros
tão infinita
sentada no cais»
A serenidade das palavras, são contagiantes.
Parabéns, poeta!
Saudações poéticas
Sublime.
ResponderEliminarBeijos
Apetece-me desaguar neste teu rio de palavras e sentires...
ResponderEliminartodos os azuis
ResponderEliminarencontrados!
um abraço
manuela
Eufrázio
ResponderEliminarSublime!!! É no fim de tarde que procro o mar quando ando a remar contra a maré, caminhando contra o vento, é a minha caminhada, os barcos estão mais seguros atracados, mas não foi para isso que eles existem.
Beijo
belo blog parabéns
ResponderEliminarE q esse encontro chegue logo, para q em seu coração possa aportar.
ResponderEliminarbeijos com carinho,
Mariz
qdo a palavra se faz harmonia... cria-se, inspira-se tão bela poesia!
ResponderEliminarLindo...
"Um dia vou encontrar-te
ResponderEliminarantiga
olhos hasteados
a construir o fim da tarde"
... ler-te com a tela de Vladimir na memória do olhar, imagino-te nesse encontro, na beira de um mar entre os azuis e os verdes....
era um fim de tarde e o sol adormecia vermelho na linha laranja do horizonte!
encanto-me com a tua poesia, por ser plural. nela se pode navegar em qualquer direcção.
que poema lindo!
beijo, Mar.
O poema se constrói delicadamente como olhos que constroem um final de tarde.
ResponderEliminarbj
"à procura de uma nova expressão
ResponderEliminarpara todos os azuis" Belíssimo poema, como sempre. Um beijo.
Tudo que eu consegui fazer aqui foi suspirar intensamente. As vezes algumas poesias não me permite outra coisa que não o silêncio do meu íntimo. Belissimo.
ResponderEliminarbacio
Nos olhos da poesa.
ResponderEliminarE a vida acontece, sempre, por aqui...
ResponderEliminarBeijos
Construções imensas as que nascem dos seus dedos. Sempre.
ResponderEliminarGrato abraço
Doce. Fica-se com a cabeça no longínquo, depois da leitura.
ResponderEliminarObrigado.
Ela lá estará, esperando, com o olhar infinito.
ResponderEliminarAbraço, Poeta.
esperança num sonho anunciado.
ResponderEliminarazuis em fim de tarde.
beij
E quando o encontro ocorrer, dá notícias.
ResponderEliminarTamanha exaltação desencadeará uma edição fulgurante.
Um abraço
Assim, como quem respira o desassossego de uma bandeira e se senta à espera de todas as tardes serenas, reinventadas de azul.
ResponderEliminarUm abraço
A espera, a entrega, a febre que não passa.
ResponderEliminarMeu beijo.
há fins de tarde que têm muito que se lhe diga...
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