segunda-feira, 13 de abril de 2020

SUSSURROS






As águas do rio
da minha aldeia
transportam memórias
sussurros
e amanhãs

têm sempre um caminho
até o mar as receber
num abraço de limos

os pássaros desprendidos
soltarem os barcos

e as pontes se vergarem
para não as magoar


eufrázio filipe

10 comentários:

  1. Poeticamente maravilhoso Que bom é ler poesia de tão bela qualidade. Amei a foto
    .
    Cumprimentos

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  2. "As pontes se vergarem para não magoar"
    e por saberem nada da sua trajetória!
    Um abraço,

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  3. Um poema belíssimo.
    Os rios e as memórias que nos marcam para sempre.
    Beijinhos,
    Ailime

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  4. As águas encontram sempre o caminho...
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. Um poema belíssimo
    só o Eufrázio o sabe armar
    Felizmente todas nascem
    numa aldeia
    A felicidade delas
    das águas
    é as pontes vergarem
    no pico da cheia
    (e nossa)

    Abraço.

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  6. Felizmente sempre as águas encontrarão o seu caminho...

    Bj

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  7. as águas são como as memórias
    há sempre a foz para desaguar

    bom final de semana.

    beijinhos

    :)

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  8. "As águas do rio
    da minha aldeia
    transportam memórias
    sussurros
    e amanhãs"
    Não corre um rio na minha aldeia, e dela eu não tenho memórias, nem sussuros...
    O pensamento voa.
    Gostei!
    Beijo.

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  9. Curioso que ainda um dia destes me lembrei da placidez dos Nenúfares de Monet. Fez ele mais de 200 pinturas deles.
    Não tinha pensado na poesia "das pontes se vergarem para não os magoar"!
    Belo. Como os Cravos de Abril-Sempre.
    Abç

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