terça-feira, 19 de março de 2019

NA LINGUAGEM DOS ESPELHOS







"Sem o conflito dos espelhos"
silvestre a lamber o leito
por onde corre
num acorde de timbres
desgrenhado o rio
da minha aldeia
atravessou passo a passo
a sombra das pontes

desaguou
quase perfeito

a remar

na linguagem dos espelhos


eufrázio filipe

11 comentários:

  1. O rio da tua aldeia corre, por certo, no teu olhar, mesmo que a linguagem dos espelhos não fale disso…
    Magnífico, como sempre!
    Um beijo, meu Amigo.

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  2. Este poema fez-me recordar "O rio da minha aldeia" do Pessoa e está "de babar", para quem se alimenta destas coisas...
    Bjo
    Boa terça-feira.

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  3. Este poema é formidável.
    Tão rico, cheio de significado, está maravilhoso.
    Adorei
    Obrigada
    Beijinho

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  4. E do rio se fizeram rios.
    Belo poema.
    Um grande abraço Poeta

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  5. Muito bom
    o carinho do Poeta
    com desvelo
    penteou-lhe os cabelos
    vistos no rio de menino

    É sempre com prazer que por aqui passo.

    Abraço.

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  6. E é o homem do leme, tão frágil na sua humanidade, a beber a magia do jogo de espelhos.

    Bom fim-de-semana.

    Abraço

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  7. Esse rio - quase perfeito - é o espelho e o brilho dos seus olhos...
    Tudo bom. Bj.
    ~~~~

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  8. Excelente!!!
    Gostava de entender a "linguagem dos espelhos", mas não sou poeta...
    Beijo.

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